20 de maio, de 2021 | 14:01
Maranhão registra seis casos de covid-19 provocados por variante indiana
Os pacientes são viajantes que entraram no Brasil por navio; tripulantes estão isolados e embarcação sem autorização para atracar
O Estado do Maranhão registrou os primeiros 6 casos de covid-19 no Brasil provocados pela variante B.1.617 do coronavírus, detectada pela primeira vez na Índia.
Na sexta-feira (15) um paciente indiano, de 54 anos, deu entrada em um hospital da rede privada de São Luís, capital maranhense. Ele é tripulante do navio Mv Shangon Da Zhi, ancorado no estado e segue em quarentena desde sexta-feira.
Depois da notificação do 1º caso, outros 14 tripulantes testaram positivo para a doença. Em entrevista à imprensa, o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, confirmou que foi possível fazer o estudo genômico em seis infectados, confirmando a presença da cepa indiana. Os outros oito pacientes tinham a carga viral muito baixa e não foi possível fazer.
Os tripulantes da embarcação estão isolados e o navio não tem permissão para atracar em solo maranhense. Segundo o secretário, três pacientes saíram do navio para receber atendimento de saúde. As outras 100 pessoas que tiveram contato com eles serão isoladas e testadas.
Segundo a reportagem do jornal O Globo, o governo estadual informou que foi notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os sintomas e a hospitalização do paciente com caso já confirmado.
O teste já havia confirmado o diagnóstico positivo, mas ainda não havia sido identificada a cepa do coronavírus que causou a doença no tripulante.
Voos restritos
A Casa Civil da Presidência da República publicou uma portaria, em 14 maio, que restringe os voos vindos da Índia para o Brasil, exceto os transportadores de carga. A medida busca evitar a propagação da variante do novo coronavírus identificada no país asiático.
O que é a cepa indiana
Em 10 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que a variante indiana tem risco de maior transmissibilidade e características que podem tornar as vacinas menos eficazes. Segundo a organização, a cepa já foi identificada em 17 países.
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