CADERNO IPATINGA 2024

19 de maio, de 2021 | 09:00

Óbitos entre população não vacinada contra a covid aumentam em Ipatinga

Arquivo DA
A faixa etária que registrou o maior percentual de mortes, na cidade, foi a da população entre 30 e 39 anosA faixa etária que registrou o maior percentual de mortes, na cidade, foi a da população entre 30 e 39 anos

O aumento percentual de mais de 50% no número de óbitos por covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 30 e 59 anos, e queda na faixa dos 80 aos 89 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil de Ipatinga no mês de abril, apontam o pior cenário desde o início da pandemia na cidade. Os dados do Portal da Transparência do Registro Civil mostram que a vacinação em massa é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus, conforme destaca a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Ainda aguardando o cronograma de vacinação para sua idade, a população mais jovem de Ipatinga viu crescer os percentuais de óbitos em abril, o mês com maior número de mortes causadas pela covid-19 na cidade, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.

As informações do Portal (transparencia.registrocivil.org.br/inicio) têm a base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, cruzadas com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na cidade de Ipatinga, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento de mortes em função das complicações da covid-19 em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos (em 2020 foram registrados quatro óbitos nesta faixa etária, entre os meses de março a dezembro. Já em 2021, até abril, 12 pessoas morreram). Na sequência, a faixa etária que vai dos 50 aos 59 anos teve o aumento do número de óbitos em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia: de março a dezembro de 2020 foram 43 mortes. O ano de 2021 teve, até abril, 39 mortes. Já os óbitos das pessoas com idade entre 40 e 49 anos apresentaram crescimento de óbitos de 5% (foram 17 casos de março a dezembro de 2020 e 31 mortes até abril de 2021).

Estado

Minas Gerais registrou aumento de óbitos acima da média nacional nas faixas etárias entre 20 e 29 anos e 30 e 39 anos, totalizando crescimentos, de 67% e 54%, respectivamente, enquanto no Brasil esse crescimento foi de 38% e 56%.

Já a população com idade entre 40 e 49 anos e 50 e 59 anos do Estado registram falecimentos abaixo da média nacional, com 54% e 45%, respectivamente, enquanto os números nacionais apontaram crescimento de 57% e 54%.

Todos os estados brasileiros registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%; seguido por Santa Catarina, aumento de 118%; Sergipe, crescimento de 101%; Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%; e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.

Entidade

A Arpen-Brasil foi fundada em setembro de 1993, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e representa a classe dos Oficiais de Registro Civil de todo o País, que atendem a população em todos os estados brasileiros, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa: o registro de nascimento, o casamento e o óbito.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Jane

20 de maio, 2021 | 23:45

“infelizmente o pouco caso da população com os idosos e manifesto na falta de cuidado em isolar e usar máscara. Os jovens não se preocuparam em se cuidar "afinal a doença matava mais idosos". E infelizmente para uma parcela grande da população e governos idoso é improdutivo, é despesa ou fonte de herança. Ouvimos até pessoas dizendo que queriam se infectar no inicio da pandemia para ficarem "imunes", pouco importando se iriam contaminar os idosos e os frágeis. Agora este descaso se volta para a população mais jovem, devido as variantes do vírus "cultivadas" neste descaso. No Brasil já temos mais de 8000 mortes de crianças e adolescentes. Nem EUA que tem população maior e teve muito mais mortes, perdeu tantas crianças e adolescentes comprovadamente com COVID.”

Envie seu Comentário