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12 de abril, de 2021 | 13:00

Clássico fraco

Fernando Rocha

O primeiro tempo do clássico centenário, a se completar no próximo sábado, dia 18, entre os dois maiores rivais no estado, foi péssimo.

Desde a entrada dos times em campo, com as arquibancadas do Mineirão vazias pela primeira vez na história do clássico, já se viu que o clima era bem diferente do que estamos acostumados a ver.

Contaminados pelo clima ruim trazido pela pandemia da covid-19, que tem levado milhares de vidas todos os dias, os jogadores só despertaram um pouco na segunda etapa, quando a estratégia de contra-ataques do Cruzeiro passou a funcionar.

Quis o destino, a favor do Cruzeiro, que a maior estrela do time rival, o argentino Nacho Fernández, perdesse uma bola no meio de campo para o jovem Mateus Pereira, que iniciou o contra-ataque de onde saiu o gol de Airton e a vitória merecida do time celeste sobre o Atlético.

Estratégia certa

O técnico Felipe Conceição foi o artífice da vitória celeste, algo que parecia improvável, devido à melhor qualidade técnica do time alvinegro.

Sabedor de que a defesa do Galo é fraca, o treinador cruzeirense armou sua equipe fechada, preparada para o contra-ataque, fazendo lembrar o estilo Mano Menezes, o que acabou dando certo.

Toda vitória no clássico é sempre muito boa para qualquer um, mas esta veio num momento excelente para todos no Cruzeiro: desde a comissão técnica que vinha na corda bamba, os jogadores que em sua maioria estavam sendo defenestrados, além da torcida que já não acreditava mais na equipe.

Depois desta vitória, com o moral elevado, o time de Felipe Conceição ganha um grande impulso para realizar o maior objetivo desta temporada, que é voltar à Série A nacional.

FIM DE PAPO

* Tomara que esta derrota vexatória sirva de alerta para a diretoria do Atlético, sobretudo ao técnico Cuca, pois está claro e evidente que se não arrumar a defesa, carente de reforços urgente, tem tudo para naufragar não só na Libertadores, mas em todas as demais competições que irá disputar.

* A rejeição ao técnico Cuca, que já era grande por causa das duas derrotas mais vergonhosas do Galo terem sido sob seu comando - 6 x 1 para o Cruzeiro e eliminação para o Raja Casablanca no Mundial de Clubes do Marrocos -, aumentou ainda mais depois da derrota neste clássico. Ninguém entendeu a “barração” de Zaracho, que vinha muito bem, para entrar o seu protegido Tchê Tchê, que tinha feito um só treino e ainda nem sabe direito o nome dos companheiros de time. Taticamente, Cuca foi engolido pelo técnico do Cruzeiro, pois não soube aproveitar o melhor potencial técnico de seus jogadores, não pressionou na saída de bola, optou por um esquema covarde, medroso, com medo de levar um contra-ataque, o que acabou acontecendo no gol da vitória cruzeirense.

* A saída repentina do zagueiro Manoel, que deixou o clube na véspera do clássico, não foi sentida pelo time celeste. O garoto Weverton, 18 anos, entrou no seu lugar e deu conta do recado. A defesa tem sido o ponto forte deste novo Cruzeiro, que em nove jogos no Campeonato Mineiro levou apenas três gols, média de um a cada três partidas. Nos últimos quatro jogos passou em branco e, se não for vazada nas duas rodadas que restam nesta primeira fase, vai alcançar a segunda melhor marca desde que o Estadual passou a ser disputado em formato semelhante ao atual, em 2001.

* A semana começa com muita tristeza e perdas pela pandemia da covid-19. No domingo (11) foi sepultado o amigo Geraldo, pessoa muito estimada na comunidade do bairro Caravelas, em Ipatinga. Ontem fomos surpreendidos com a partida do nosso amigo e colega aqui do Diário do Aço, jornalista Nivaldo Resende, um exemplo de profissional e pai de família. Que Deus conforte todos os seus familiares, e a certeza de que um dia iremos nos encontrar. (Fecha o pano!)
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