11 de abril, de 2021 | 09:00

Influenciadoras digitais ipatinguenses relatam avanços e desafios da profissão

(Tiago Araújo - Repórter do Diário do Aço)
Com o desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos, novos tipos de profissionais surgiram no mercado de trabalho, como os influenciadores digitais, tanto homens quanto mulheres. De uma forma criativa e lúdica, esses profissionais utilizam como ferramenta de trabalho as mídias sociais, têm um número elevado de seguidores, que os enxergam como referência. Alguns faturam alto e enfrentam os desafios da atividade, que incluem atuação dinâmica nas mídias, assimilação rápida das novas tecnologias, que evoluem sem parar, críticas e afagos dos internautas.

Em entrevista ao Diário do Aço, influenciadores digitais que residem em Ipatinga falaram sobre a profissão moderna que tem conquistado cada vez mais espaço no meio digital e apontaram as dificuldades enfrentadas no cotidiano.

Para Sharon Morais, de 23 anos, tornar-se uma influenciadora digital nunca esteve em seus planos. “No começo, eu simplesmente gravava vídeos para o YouTube, por incentivo de amigas, devido ao meu jeito espontâneo, que é o que as pessoas gostam de ver. Como o Instagram começou a ficar mais forte, em 2014, comecei a utilizá-lo mais, até que me tornei uma influenciadora digital, fazendo algo que eu amo, que é falar com o público. É uma profissão recente, que ainda muitas pessoas têm dificuldade de assimilar como profissão, mas atualmente, graças a essa atividade é que o influenciador digital consegue migrar seus serviços da internet para outros empreendimentos, fora do meio digital”, afirmou.

Tiago Araújo
Sharon Morais aponta que o maior desafio na profissão de influenciadora digital está relacionado aos julgamentos do público Sharon Morais aponta que o maior desafio na profissão de influenciadora digital está relacionado aos julgamentos do público
Serviços

Sharon Morais também explica como funciona seu trabalho. “Eu trabalho muito pelos Stories do Instagram (ferramenta de exibição de fotos e vídeos de curta duração), nos quais eu mostro o meu dia a dia e incluo as publicidades das marcas. Vinculo a minha imagem a empresas das quais eu gosto e que consumo, e consequentemente, o meu público segue isso. Como o próprio nome diz, as pessoas são influenciadas pelo o que eu posto, pelo o que eu visto e pelo o que faço”, explicou.

Julgamentos

Na avaliação de Sharon, o maior desafio na profissão está relacionado aos julgamentos feitos pelo público. “As pessoas acham que conhecem tudo sobre sua vida. E há uma pressão muito grande de que você não pode errar. Eu creio que é uma dificuldade não só para mim, mas para outras pessoas que trabalham sendo visadas na internet, porque o psicológico acaba sendo prejudicado por causa disso. Já tive muita dificuldade para lidar com críticas, eu até mesmo pensava ‘nossa, eu realmente sou só isso que o pessoal está falando?’, mas aí depois percebi que aquela pessoa não sabia nada sobre mim. Portanto, atualmente consigo lidar melhor com essa situação”.

Yago Cardoso
Nhatalia Carolinna afirma que durante a pandemia o trabalho dos influenciadores digitais ganhou mais destaque Nhatalia Carolinna afirma que durante a pandemia o trabalho dos influenciadores digitais ganhou mais destaque
Forma natural

Já a influenciadora digital Nhatalia Carolinna, de 25 anos, relata que começou a trabalhar nessa profissão há cerca de três anos, sem planejamento para isso. "Minha carreira teve início quando fui chamada para fazer fotos para uma loja de roupa. Depois disso, foram surgindo outros trabalhos, de uma forma muito natural e, até então, estou trabalhando como influenciadora digital”, afirmou.

Valorização

Conforme Nhatalia, quando ela começou a atuar como influenciadora digital, havia uma certa desvalorização em relação à profissão. “As pessoas não acreditavam nesse trabalho. Achavam que não davam resultado, nem acreditavam muito na carreira. Hoje em dia eu percebo que conquistamos um espaço muito bacana no mercado, principalmente durante a pandemia, em que muitos recorreram à internet para trabalhar e se entreter. Dessa forma, o nosso trabalho acabou sendo mais visualizado e mais pessoas passaram a querer entrar nessa área também”, destacou.

Possibilidade de desistir

Questionada se pensa em desistir de continuar na atividade, Nhatalia Carolina revelou que até hoje pensa nessa possibilidade. “No entanto, todo mundo tem dias ruins na profissão, que dá vontade de desistir, mas o ideal é manter a constância e não desistir nunca. A partir do momento que você escolhe se tornar uma pessoa pública, em estar na internet, tem que estar preparado para receber muita crítica. As pessoas lidam com a internet como se não houvesse lei, acham que não tem regra ali dentro. Entretanto, indico para todo mundo essa profissão, porque também tem os lados positivos”, ponderou.

Tiago Araújo
Taycila Moura acredita que o mercado para a profissão de influenciador digital ainda não está saturado Taycila Moura acredita que o mercado para a profissão de influenciador digital ainda não está saturado
100% conectada

Para Taycila Moura, de 25 anos, que trabalha como influenciadora digital há cerca de dois anos, a maior dificuldade é ter sempre que se reinventar e, ao mesmo tempo, ter equilíbrio emocional. “Como existe uma exposição nossa muito grande, isso gera ansiedade por estar sempre conectada. Tiro folga geralmente nos fins de semana, quando não faço marcação de lojas, mas estou sempre aparecendo nas mídias sociais, porque é importante manter essa conexão com o público. Até quando viajo de férias preciso gerar um conteúdo diferente, dessa forma, estou sempre postando”, contou.

Mercado

Em relação ao mercado de trabalho, Taycila Moura conta que está cada vez mais inovador e que tem expectativas positivas com a profissão de influenciador digital, de forma geral. “A concorrência está crescendo nesse ramo. Todo dia aparece uma nova influenciadora digital. Isso gera certo desconforto, mas eu busco estar sempre inovando e sei lidar com isso. Para mim, esse mercado ainda não está saturado. Portanto, se alguém tem o desejo de começar a trabalhar nessa área, vá em frente, porque uma hora você chega lá, basta ter constância”, finalizou.



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Comentários

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Shii...

16 de abril, 2021 | 08:52

“Eu penso que tem que ter psicologo demais no mundo para ouvir essas meninas, por comentários igual a da colega acima. Se não gerou retorno pra você, e porque tem alguma coisa errada com a sua loja e a forma que vc administra a mesma! Elas são pagas pra fazer divulgação, não são vendedoras não. Fica a dica Lala Lojista.”

Dunh@

14 de abril, 2021 | 06:56

“Lala Lojista, deixe de ser ch@@@@@ta.”

Lala Lojista

12 de abril, 2021 | 07:24

“O único avanço dessa é no próprio bolso delas, para as lojas, pouquíssimo ou nenhum retorno. A realidade é: trabalho de blogueirinha já não dá retorno para as lojas mais, já há um bom tempo. Elas só sabem ostentar, polemizar e se fazer de vítima para atrair curiosos. ALgumas chegam ao ponto de ofender e brigar com Deus e o mundo em troca de uns poucos seguidores. E retorno para as lojas e empresas muito abaixo do dinheiro gasto com elas. Esta profissão precisa amadurecer e se profissionalizar muuuuito.”

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