09 de abril, de 2021 | 00:03

Outros legados do aço

Sergio Leite *

“Somos parte de uma indústria que tem uma participação importante na transformação da realidade econômica do país e com uma atuação na sociedade que vai muito além da produção de aço”

O aço é um dos produtos essenciais para o nosso dia a dia e imprescindível para o nosso estilo de vida atual. Certamente é a liga metálica mais fundamental para o mundo como conhecemos, e hoje, quando comemoramos o Dia Nacional do Aço, queria abordar outros legados além daqueles traduzidos em mais comodidades nos transportes, nas moradias, nas cozinhas e em tantas outras situações da vida cotidiana. Indústrias produtoras de aço, como a Usiminas, que tanto contribuíram ao longo de sua história com o desenvolvimento da indústria automotiva, de equipamentos pesados, de petróleo, construção, entre outras, deixam legados variados também de valor inestimável para as comunidades.

Somos parte de uma indústria que tem uma participação importante na transformação da realidade econômica do país e com uma atuação na sociedade que vai muito além da produção de aço para outras indústrias, da geração de empregos de qualidade e de impostos e tributos. A Usiminas, que completa em outubro próximo 59 anos de operação, é um símbolo da indústria mineira e do desenvolvimento do Vale do Aço. É uma história marcante também no que diz respeito à Saúde, à Cultura e à Educação. Pilares fundamentais para a construção da cidadania, esses três setores são parte importante da nossa trajetória.

Ainda nos primórdios de sua instalação em uma pequena vila no interior do Estado de Minas Gerais, onde é hoje a cidade de Ipatinga, a Usiminas já atuava com responsabilidade social, num momento que esse ainda era um tema incomum para a maioria das empresas do país. Para apoiar os milhares de profissionais envolvidos em um projeto daquela envergadura, entre outras iniciativas, foram criados uma ampla estrutura urbana e também o Hospital Márcio Cunha e o Colégio São Francisco Xavier, ambos sob a gestão da Fundação São Francisco Xavier, que expandiu sua atuação ao longo dos anos e hoje administra cinco grandes hospitais-referência em suas regiões em Minas Gerais e na Baixada Santista. Um outro está a caminho, dessa vez em Belo Horizonte. São unidades com um trabalho de qualidade reconhecido internacionalmente e com a maior parte de seus atendimentos dedicada a pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS.

A empresa foi responsável, também, pela criação, em 1993, do Instituto Cultural Usiminas, hoje Instituto Usiminas. Só por meio do Instituto, a Usiminas investiu nesses 27 anos, em 2.484 projetos nas áreas de cultura, esporte e social, um total de cerca de R$ 350 milhões. Temos muito orgulho da nossa capacidade de contribuição para o bem-estar coletivo em tantas frentes e estamos cada vez mais engajados no esforço coletivo pela transformação da nossa empresa e da nossa sociedade. Sabemos que além de tudo que vem sendo feito na nossa atuação social e ambiental, podemos e devemos continuar avançando. Entre outras iniciativas, a Usiminas vem colocando muita energia no seu programa de Diversidade e Inclusão e investindo fortemente em ações como a nossa central de monitoramento instalada no ano passado na Usina de Ipatinga. Importante mencionar ainda o Mobiliza, um programa desenvolvido pela Usiminas em parceria com o CIMVA e Instituto Interagir e que há seis anos vem gerando resultados muito relevantes em recuperação de estradas rurais e de cursos de água, entre outros. Já são mais de 4.700 nascentes identificadas e mapeadas e mais de 1.300 nascentes protegidas e em processo de recuperação. O programa no momento conta com a adesão de 84 municípios e nossa expectativa é continuar crescendo. Acredito que tanto a Usiminas quanto a indústria do aço de maneira geral, ainda têm muito a contribuir com a região, com o Estado e com o país.

Precisamos continuar avançando nas reformas e em tantas outras questões urgentes da nossa agenda social e econômica, potencializadas nesse cenário de pandemia global. Nosso desempenho da nossa indústria está intimamente atrelado ao crescimento econômico. Mais que atender as demandas do momento, que são muitas e complexas, devemos ter o olhar voltado para o futuro de forma a garantir o crescimento da indústria e sua geração de valor para todos.

* Presidente da Usiminas
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

09 de abril, 2021 | 12:51

“Dr. Sérgio, a história da Usiminas, que faz parte da história da maioria dos cidadãos do Vale do Aço, inclusive de parte da minha, deve ser dividida em três períodos: do inicio até o fatídico 7 de outubro de 1963; o segundo, de 1964 até 1991, quando a empresa foi privatizada; e o terceiro, a partir da privatização. Sugestão de leitura: "O Massacre de Ipatnga - Mitos e Verdades", de Marilene Tuler; e "Não foi por acaso: a história dos trabalhadores que construíram a Usiminas e morreram no Massacre de Ipatnga", de Marcelo Freitas. Boas leituras!”

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