07 de abril, de 2021 | 13:27

Brasil pode sofrer apagão de vacinas nas próximas semanas, afirma presidente do Conass

Na Superintendência Regional de Saúde, situação corre dentro do previsto, aponta Ernany de Oliveira

Gil Leonardi/Imprensa MG
No Vale do Aço, superintendente vislumbra aumento de produção e chegada de mais remessas No Vale do Aço, superintendente vislumbra aumento de produção e chegada de mais remessas

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário estadual de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, afirmou que o Brasil corre o risco de sofrer um apagão de vacinas nas próximas semanas. Entre os motivos para a falta de imunizantes está a dificuldade de importação de insumos. No Vale do Aço, o responsável pela Superintendência Regional de Saúde (SRS), Ernany de Oliveira, pondera que o cronograma segue como previsto e destaca o aumento da produção de Butantan e Fiocruz, anunciados pela mídia nacional.

O secretário disse que o Brasil hoje sofre com decisões erradas do passado. "A gente apostou mal, a gente rejeitou vacinas e agora não tem vacina suficiente para o Brasil. A gente tinha condição de ter começado a vacinar em novembro do ano passado", afirmou. Sobre a proposta em tramitação no Legislativo nacional que autoriza a compra de vacinas pelo setor privado, Carlos Eduardo disse que o texto cria uma competição entre o Sistema Único de Saúde (SUS) - e as vacinas que seriam dadas ao grupo de risco e setores prioritários como professores, policiais e médicos - e empresas privadas.

Para o presidente do Conass, a medida é um equívoco. "A desfaçatez é tanta - e a gente fica muito chateado com isso - que chegou a ter uma cláusula que as empresas teriam isenção no imposto de renda para comprar essas vacinas, ou seja, não só íamos permitir um fura-fila institucionalizado, como também toda a sociedade ia ter que arcar com o custo das empresas", completou. O texto-base da proposta foi aprovado na terça-feira (6) na Câmara.

Vale do Aço

Na região, Ernany de Oliveira aponta que as doses têm chegado semanalmente e esse cronograma será mantido. “Não temos como fazer uma estimativa de quantidade de doses que vão chegar a cada remessa, porque isso depende da produção dos dois laboratórios, tanto Butantan quanto Fiocruz, e dessa disponibilização dos imunizantes para os estados”, salienta.

O superintendente acrescenta que um trabalho tem sido feito para ampliar a vacinação, buscando imunizar o mais rápido possível, dentro dos critérios do Plano Nacional de Imunização. “Provavelmente o presidente do Conass tem outras informações que não chegaram para os estados e consequentemente para a regional. Mas hoje a informação que a gente trabalha é que as vacinas vão chegar. Inclusive saiu uma matéria ontem (6), de que a Fiocruz triplicará sua produção, saindo de 300 mil doses diárias para 900 mil. E com a programação de entrega, até o início do mês de maio, de mais de 18 milhões de doses para o governo federal, repassando aos estados”, informou.

O superintendente reforçou que o trabalho tem sido em cima dessa programação, organizando junto com os 35 municípios da regional todos os processos de trabalho para ampliação da imunização. “Obviamente, se houver alguma mudança desse cenário, vamos ser informados e repassaremos aos municípios para que façamos uma reprogramação. Mas esperamos que essa perspectiva de doses que estão sendo passadas por meio da mídia e redes sociais, referente a esses dois laboratórios, seja mantida. E que consigamos aumentar o número de pessoas imunizadas”, vislumbrou.

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