11 de março, de 2021 | 11:03

Moradora de Fabriciano no alvo da Polícia Civil na Operação Washing

Atualizada às 15h10
Os delegados da operação deram mais detalhes sobre as investigações da Operação WashingOs delegados da operação deram mais detalhes sobre as investigações da Operação Washing

Coronel Fabriciano é um dos seis municípios de Minas Gerais onde a Polícia Civil realizou a Operação Washing nesta quinta-feira (11). O objetivo da operação é combater a lavagem de dinheiro de grupos criminosos, por isso o nome “Washing”, lavagem em inglês. Cerca de 100 policiais civis cumpriram 51 mandados expedidos pela Justiça, entre eles, para uma mulher no Vale do Aço que é investigada na operação.

Além de Coronel Fabriciano, os policiais civis cumpriram as ordens judiciais de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Santa Luzia, Contagem, Vespasiano e Sete Lagoas. As informações divulgadas pela Polícia Civil revelam que foram bloqueados R$ 339 milhões da organização investigada, além do sequestro de veículos e imóveis da organização criminosa. Durante a ação policial, 13 pessoas foram presas.

Conforme apontam as investigações, o grupo criminoso, comandado por duas pessoas, ocultava a movimentação do dinheiro ilícito em contas abertas por meio de empresas fictícias, cadastradas em nome de “laranjas”. As empresas recebiam o dinheiro, em contas distintas, de forma a dissimular a origem lícita dos valores. A polícia acredita que essas empresas tenham movimentado R$ 761 milhões, dinheiro que seria utilizado para fomentar e financiar o tráfico de drogas em todo o país.

“Essa investigação iniciou na cidade de Ponte Nova, quando no ano passado, em uma ação conjunta entre Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Militar, foi realizada a operação Aves de Rapina, que prendeu mais de 30 pessoas por tráfico de drogas. O resultado dessa operação é que foram identificados, com as pessoas presas, vários depósitos bancários em nome de empresas sediadas em Belo Horizonte e em outros estados”, explica o delegado Silvério Rocha.

A partir dessa informação, o Ministério Público requisitou investigação para apurar o possível crime de lavagem de dinheiro, sendo identificado esse núcleo, sediado em Minas Gerais. De acordo com Rocha, embora independente, o grupo mantinha relação com outras duas organizações, uma em Mato Grosso e outra na região Nordeste do país.

Nesse período, duas operações já foram deflagradas, uma pela Polícia Federal no Mato Grosso (com bloqueio de aproximadamente R$ 37 milhões), e a segunda pela Polícia Civil de Pernambuco (com prisões inclusive em Minas Gerais e apoio da polícia mineira).

O Diário do Aço apurou que em Coronel Fabriciano os policiais civis estiveram no distrito de Melo Viana e o alvo seria uma mulher de 46 anos, contudo ela não foi localizada. Os investigadores da PC estiveram em dois endereços onde o alvo poderia estar, mas sem sucesso na localização da investigada, conforme informou uma fonte da PC.

O nome da operação em inglês é relacionado ao fato de a expressão "lavagem de dinheiro" ter se originado nos Estados Unidos, na década de 1920.

Divulgação Polícia Civil
Uma mulher moradora de Coronel Fabriciano é investigada na operação Washing Uma mulher moradora de Coronel Fabriciano é investigada na operação Washing
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