10 de março, de 2021 | 14:09

Lula avisa que assumirá oposição a Bolsonaro

Reprodução
Entrevista foi transmitida ao vivo pelo Youtube Entrevista foi transmitida ao vivo pelo Youtube

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede nesta quarta-feira (10) entrevista após deixar de ser inelegível, com decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, que anulou as condenações dadas ao ex-presidente em processos relacionados à Operação Lava-Jato, que fez com que o petista recuperasse os direitos políticos. O entendimento, que agora será julgado no pleno do STF, é que a 13ª Vara Federal, sob comando do então juiz Sérgio Moro era incompetente para os julgamentos.

A decisão “incendiou” os bastidores da política nacional e chegou a encobrir até mesmo a atenção sobre o caos na saúde pública com o agravamento da pandemia de covid. Ontem o Brasil atingiu novo recorde diário de mortos pela covid, 1.972 óbitos em 24 horas, conforme dados do Ministério da Saúde.

E a pandemia foi um dos assuntos tratados por Lula na entrevista na manhã de hoje, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, cidade do interior paulista.

Antes das perguntas dos repórteres, o ex-presidente Lula disse que foi "vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de história", referindo-se ao descobrimento do Brasil.

Entre outras afirmações, Lula disse que está disposto a assumir a liderança da oposição ao presidente Jair Bolsonaro e adotou o tom do discurso de salvação nacional, “menos armas e mais vacinas”.

O presidente disse que nos próximos dias irá tomar a vacina contra a covid-19 e que vai estimular os brasileiros a se vacinarem contra a doença. O político não poupou críticas à forma como o governo atual conduz as ações para enfrentar a pandemia.

"Saio daqui e espero conversar com todos os segmentos políticos desse país, todos os empresários, independentemente do ramo em que atuem, representantes de todos os setores que quiserem buscar uma solução para o Brasil. Eu aceito conversar com qualquer um, menos com representantes de empresas de jornais e TVs", afirmou no fim de seu discurso.

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Decisão do ministro Fachin

Na decisão favorável a Lula, Fachin alega que a Justiça Federal do Paraná, responsável pelas sentenças, não tem competência para deliberar sobre as investigações do sítio de Atibaia, do triplex do Guarujá, cidade do litoral paulista, e das doações ao Instituto Lula. A decisão foi tomada monocraticamente.

Os processos de Lula seguem, agora, à Justiça Federal do Distrito Federal, que vai reanalisar os casos e avaliar se parte dos autos confeccionados pela vara de Curitiba poderá ser utilizada.


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Comentários

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Paladino da Justiça

10 de março, 2021 | 19:24

“Bolsonaro prometeu fazer a nova política, só se for a política do medo,temos medo de morrer Sr Presidente, morrer sem ar.”

Paulo

10 de março, 2021 | 17:45

“Efeito Lula fez até bozo comprar vacina. A esperança na cara do povo ja é visível. 2022 vem logo!!”

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