09 de março, de 2021 | 16:20

Macrorregião passa de 90% de ocupação de leitos de UTI Covid

Bruna Lage
Leitos vazios se tornam cada vez mais difíceis de serem encontrados diante do aumento do número de casos de covid-19 Leitos vazios se tornam cada vez mais difíceis de serem encontrados diante do aumento do número de casos de covid-19

A quinta remessa de vacinas contra covid-19 começou a ser distribuída, nesta terça-feira (9), para os 35 municípios da macrorregião do Vale do Aço. Ao todo, são 10.600 doses do imunizante da Coronavac, que foram enviadas pelo governo estadual à Superintendência Regional de Saúde (SRS), em Coronel Fabriciano. Apesar dessas novas doses, a situação epidemiológica na região é bastante preocupante, com a escassez de leitos, conforme o superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira.

Em entrevista à imprensa, na manhã desta terça-feira, o superintendente regional de Saúde, informou que a nova remessa de vacinas terá como público alvo os idosos de 80 a 84 anos e um pequeno percentual de trabalhadores da saúde. “É importante que diante desse cenário que vivenciamos nesse momento, que os municípios, dentro do seu planejamento, consigam imunizar mais rápido possível, esses idosos para que consigamos diminuir o índice de internação em nossa região”, afirmou.

Conforme o balanço divulgado pelo governo estadual, nessa nova remessa, Ipatinga receberá 2.580 doses; Coronel Fabriciano, 1.320; Timóteo, 1.080; Santana do Paraíso, 280.

90% dos leitos ocupados

O superintendente regional de saúde confirmou que a situação epidemiológica da macrorregião é “gravíssima” e que há uma crise assistencial, tendo ainda uma dificuldade para a ampliação de leitos. “O momento é muito delicado, no qual é necessária uma mudança comportamental da população. É preciso entender a realidade que estamos vivenciando nesse momento, que é de muitos casos de covid e de ocupação hospitalar elevadíssima na macrorregião. Estamos com mais de 90% dos leitos ocupados de UTI Covid na macro. Temos uma clareza de que isso pode acarretar no esgotamento de leitos nos próximos dias ou nas próximas semanas”, alertou.

Apoio da população

Ernany de Oliveira destacou que neste momento é preciso contar com o apoio da população. “Se a situação continuar na forma que está e se não tiver essa mudança no comportamento, principalmente, em relação às aglomerações, vamos ter uma grave crise e podemos chegar à desassistência, que é o que temos trabalhado até agora para evitar. Não adianta ter mil leitos disponíveis se a população continuar aglomerando e saindo de casa sem máscara”, salientou.

Falta de mão de obra

O superintendente também informou que todas as macrorregiões do estado estão com agravamento de casos de covid-19 e a busca por trabalhadores da saúde têm aumentado também na mesma proporção. “Atualmente está muito difícil para os hospitais contratarem mão de obra qualificada, principalmente, para os leitos de terapia intensiva. Então também estamos chegando nesse momento de estresse do sistema hospitalar, até por questões de não conseguir ampliar o número de leitos por falta de recursos humanos, além da dificuldade de conseguir equipamentos para isso”, afirmou.

Onda roxa

Conforme Ernany de Oliveira, no último fim de semana, a SRS acompanhou em tempo real a ocupação de leitos na região para que o estado pudesse ter a melhor noção possível da situação epidemiológica do Vale do Aço, contribuindo para que pudesse ocorrer a tomada de decisão da melhor forma possível.

Nesta quarta-feira (10) ocorrerá reunião do Comitê Extraordinário de Covid do Estado, para deliberar sobre a classificação das regiões no Minas Consciente. “A entrada da região na onda roxa do Minas Consciente é um fator que pode acontecer. O estado está avaliando e diante do contexto que nós vivenciamos, entendemos que essa possibilidade é muito real, mas é claro que se conseguirmos uma mudança de comportamento, mesmo que em tempo recorde, possa ser que não haja essa necessidade de entrar na onda roxa”, destacou.
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Comentários

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Leder Campideli Vasconcelos

10 de março, 2021 | 10:45

“10.600 doses? Que vergonha isso pra 35 cidades da macrorregião região do vale do aço. Deveriam tomar vergonha. Estes administradores deveriam responder por genocídios abrindo todos os comércios. Esse total aí a população (sendo sarcástico) de Sem Peixe e Dionísio.”

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