06 de março, de 2021 | 08:00
Inverno mineiro e moda descolada
Wagner Penna e as novidades que rolam no mundo fashion
INVERNO MINEIRORepetindo o ciclo anual de lançamentos de inverno em pronta-entrega - o lojista vai ao showroom, escolhe, compra e leva na hora o que comprou -, no polo de moda de Beagá, as vendas das coleções só ganharam impulso após o carnaval, mesmo sem a folia oficial neste ano.
O fato é que as lojistas baixaram na cidade nas duas ultimas semanas, levando alegria para as confecções e um ajuda substancial ao caixa das empresas, compensando ao menos um pouco as perdas que a pandemia vem trazendo ao setor.
Contribuíram para isso o fato de, nesse período, a capital mineira não estar com restrições severas em razão do covid-19 e a necessidade do comércio fashion fazer sua mercadoria girar. Mas esta semana a coisa piorou outra vez.
Nesse ponto, entra uma constatação significativa: é verdade que as vendas pelo e-commerce cresceram durante a pandemia, mas o presencial ainda continua muito forte nas vendas da produção para os lojistas.
E mais: as coleções mais enxutas e bem comerciais darão o tom da roupa que estará nas ruas na próxima temporada de frio. E com preços que não aumentaram tanto quando se imaginava. Amém!
VAIVÉM
* A Semana de Moda de Paris encerrou o calendário do outono-inverno 21/22 no hemisfério norte. Tudo virtual e muito criativo. As marcas desfiladas em Milão foram as melhores em termos fashion. Quanto ao acerto no formato das propostas (vídeos & filmes), houve um empate criativo entre Nova York, Londres, Milão e Paris. ***
* Escolhida como a cor do ano, o amarelo continua pontuando a maioria das coleções invernais, embora a escolha desse tom vibrante tenha sido feita para o verão passado. Para quem é adepto das teorias esotéricas, também vale lembrar que no calendário chinês é o ano do boi, remetendo ao amarelo. Mas a força por lá vem do vermelho, pura energia. ***
PONTO FINAL - O deslocamento do poderio fashion verde-amarelo é cíclico, e mais uma vez está em curso. O índice de confecções mais poderosas do país aponta para o Sul, mais precisamente Paraná e Santa Catarina, que abrigam os grupos da cadeia têxtil que mais cresceram nos últimos 10 anos. Com exceção de São Paulo, claro.
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