01 de março, de 2021 | 16:00

Foi dada a largada

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O Campeonato Mineiro começou no último fim de semana, com as vitórias esperadas de Galo e do Coelho, e com um empate (1 x 1) da Raposa no Parque do Sabiá, diante do Uberlândia.

Mas, como disse o comentarista Lélio Gustavo ao microfone da Rádio Super/BH, foi um “placar mentiroso” este 1 x 1, pois o time comandado por Felipe Conceição mandou no jogo, e apesar de não ter feito uma grande atuação, criou um grande número de chances, tendo inclusive carimbado a trave do time da casa por três vezes, não saindo vencedor por um desses caprichos que o futebol oferece.

Considerando que teve apenas dez dias de treinos e muitas mexidas na equipe, promovendo desde já a estreia de cinco novos contratados, posso dizer que foi positiva a impressão deixada pelo novo time, que está sendo formado para esta temporada.

Adeus do ídolo
Houve muita emoção domingo, na despedida do goleiro Victor do Atlético, que, se não foi o maior da história centenária do clube, é aquele que conquistou e foi protagonista nos mais importantes títulos da galeria alvinegra.

Victor se despediu dos gramados aos 38 anos de idade, 424 jogos com a camisa do Galo, ídolo incontestável da sua torcida, algo que poderia ter sido adiado por mais alguns anos, mas como ele mesmo afirmou, preferiu se aposentar “com a sensação do dever cumprido”.

O jogo com a URT de Patos de Minas, vencido de 3 x 0 pelo time reserva com facilidade, foi importante para alguns jogadores como Tardelli, cujo contrato venceu no domingo, além de Marrony, Mariano, Igor Rabelo, o jovem Savinho e o lateral Dodô, que estreou na lateral esquerda, ganharem ritmo de jogo e mostrar serviço.

Com o devido desconto, por conta da fragilidade do adversário, a parte tática chamou a atenção, pois apesar de não ter abandonado o conceito de muita posse de bola do antecessor Sampaoli, a equipe comandada interinamente por Lucas Gonçalves foi bem mais segura na defesa, o ponto fraco do time no Campeonato Brasileiro.

FIM DE PAPO
• Das caras novas no Cruzeiro de Felipe Conceição, quem não agradou foi justamente o mais experiente, Alan Ruschel, que teve uma atuação tímida, falhando inclusive no gol do Uberlândia, que saiu nas suas costas. Os demais, Matheus Neris, Matheus Barbosa, Marcinho e Felipe Augusto, foram regulares e passaram uma boa expectativa de crescimento com a sequência dos jogos. Surpresa positiva foi o zagueiro Weverton, 18 anos, que à última hora apareceu na escalação no lugar de outro jovem promissor, Paulo, vetado devido a um problema muscular. Weverton é outra joia da base e foi convocado na semana passada para a Seleção Brasileira Sub-18.

• Dois detalhes chamaram a minha atenção na entrevista coletiva pós-jogo do técnico do Cruzeiro, Felipe Conceição, no Estádio Parque do Sabiá, sábado (27), em Uberlândia. Primeiro o formato mais inteligente, onde as perguntas eram feitas ao vivo, via internet, pelos repórteres presentes no estádio cobrindo a partida, respondidas pelo treinador. Ao todo, nove veículos de comunicação estavam no local, número muito pequeno em relação ao que se costumava ver antes da pandemia.

• Sobre a fase de baixa na cobertura esportiva dos meios de comunicação, vale ressaltar o feito da Rádio Ita/FM, da pequena cidade de Itapecerica, situada no centro-oeste do estado mineiro, que tem pouco mais de 20 mil habitantes e que, além das emissoras de rádio de Uberlândia, foi a única emissora do interior presente com uma equipe própria na cobertura do jogo no Parque do Sabiá.

• Assim como culpar o empate do Cruzeiro com o Uberlândia às más condições do gramado no Parque do Sabiá, como ouvi de alguns colegas da crônica, não acho correto atribuir a atual fase ruim do nosso rádio esportivo - que já foi referência no estado - apenas à crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Algo precisa ser pensado para mudar esta situação letárgica que tem deixado bons profissionais sem trabalho e privado milhares de fiéis ouvintes das tradicionais “jornadas esportivas”, enquanto maletas e microfones ficam comodamente guardados no armário. É um caso a pensar. (Fecha o pano!)
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