26 de fevereiro, de 2021 | 10:03
PF investiga psicólogas em Ipatinga na Operação ''Papel em Branco''
Investigação apura a prática de crimes na elaboração fraudulenta de laudos psicológicos para adquirir armas de fogo e atuação como vigilante.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (26), nas cidades de Ipatinga e Governador Valadares, a Operação Papel em branco” com o objetivo de cumprir um mandado de busca e apreensão e quatro mandados de suspensão de atividade econômica. Foram três empresas suspensa em Ipatinga e uma em GV.
A investigação apura a prática de crimes de falsidade ideológica na elaboração de laudos psicológicos para aquisição, porte, renovação e registro de arma de fogo, bem como para atuação como vigilante.
O inquérito foi instaurado, 19 de agosto 2019, após uma psicóloga ter sido presa em flagrante pela Polícia Militar em Ipatinga. A prisão ocorreu devido a emissão de um laudo ideologicamente falso para um cidadão que desejava adquirir arma de fogo.
A psicóloga, que aplicou o teste, havia sido descredenciada pela Polícia Federal em fevereiro de 2019, mas continuou a aplicar testes utilizando folhas em branco assinadas por outra psicóloga que passou a atender no mesmo local.
Durante as investigações foram apuradas a emissão de cerca de 75 laudos falsos, emitidos após à aplicação de testes pela psicóloga já descredenciada. Estes laudos foram impressos em folhas previamente assinadas por outra psicóloga, então credenciada, mas que não estava presente por ocasião da aplicação dos testes e emissão dos falsos laudos.
Além das duas psicólogas, a Polícia Federal também investiga a responsável pela empresa para quem as psicólogas trabalhavam.
As três são investigadas pela emissão de laudos ideologicamente falsos e pelo crime de associação criminosa, estando sujeitas, se condenadas, a penas que variam de 2 a 10 anos de reclusão e multa.
Foi cumprida busca na sede da empresa, expedidas ordens de suspensão de atividade contra as duas psicólogas, a empresária e seu grupo empresarial. As profissionais também foram proibidas de realizar atividade de avaliação de aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo.
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