15 de janeiro, de 2021 | 14:10

Ainda sem imunizante aprovado pela Anvisa, Zema diz que vacinação começa semana que vem em Minas

Governador de Minas Gerais não deixou claro qual vacina será aplicada no Estado

Marcelo Barbosa / Imprensa MG
Zema vistoriou a chegada e início da distribuição dos primeiros lotes de seringas agulhadas para vacinação em Pouso AlegreZema vistoriou a chegada e início da distribuição dos primeiros lotes de seringas agulhadas para vacinação em Pouso Alegre

Usando seu perfil nas mídias sociais, o governador Romeu Zema (Novo) informou, na noite de quinta-feira (14), que a vacinação contra a covid-19 em Minas Gerais vai começar na próxima semana, sem especificar o dia exato. O governador informou que o Estado comprou 50 milhões de seringas; adquiriu 617 freezers para armazenamento e garantiu que está com toda a logística preparada para distribuição. Falta apenas a vacina.

Romeu Zema não deixou claro qual vacina será aplicada no Estado. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia o pedido de uso emergencial de dois imunizantes: a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo; e a vacina desenvolvida pela biofarmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, que tem os estudos conduzidos no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Anvisa marcou para o próximo domingo (17) reunião da sua diretoria colegiada para decidir sobre as solicitações dos dois centros de pesquisa. Em conversa com prefeitos, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação terá início na próxima quarta-feira (20), em todo o Brasil.

Doses
De acordo com o Instituto Butantan, há 10,8 milhões de doses da CoronaVac em solo brasileiro. O imunizante tem 50,4% de eficácia.

A vacina de Oxford/AstraZeneca tem eficácia que varia de 62% a 90%, porém, ainda não há doses do imunizante no território brasileiro.

Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que um avião decolaria na quarta-feira (14) em direção à Índia, para buscar 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca no país, onde ela também é produzida. Por questões logísticas, o voo foi alterado para esta sexta-feira (15). Porém, autoridades indianas disseram que o Brasil se precipitou ao enviar um avião para recolher as doses. Segundo um porta-voz do Ministério do Exterior, "o processo de vacinação está apenas no começo na Índia. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento a outros países, porque ainda avaliamos os prazos de produção e de entrega. Isso pode levar tempo", disse Anurag Srivastava.

No fim da tarde de sexta-feira, o portal Uol publicou que o governo indiano negou a entrega das doses ao Brasil, devido ao início de imunizações no país, que tem uma população de mais de um bilhão de pessoas.
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Comentários

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15 de janeiro, 2021 | 16:06

“Com um Governo Federal incompetente e irresponsável, colocando todos os tipos de dificuldades possíveis para aprovação e aquisição de vacinas em território nacional; acho pouco provável que ocorra vacinação em tempo breve no país.”

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