14 de janeiro, de 2021 | 10:30

Relatórios de auditoria externa descartam irregularidade na votação eletrônica

Tiago Araújo
Nas eleições municipais de 2020, a Comarca Eleitoral de Ipatinga contou a disponibilidade de 677 urnas eletrônicas Nas eleições municipais de 2020, a Comarca Eleitoral de Ipatinga contou a disponibilidade de 677 urnas eletrônicas
Já estão disponíveis para consulta na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os relatórios das auditorias externas realizadas durante as Eleições 2020. Os documentos comprovam que não foi identificada nenhuma situação que comprometesse a transparência e confiabilidade da votação eletrônica ocorrida em novembro do último ano.

As auditorias externas foram realizadas pelo Grupo Maciel Auditorias em todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) que organizaram as eleições municipais. A empresa especializada foi contratada por meio de licitação, conforme prevê a Resolução TSE nº 23.603/2019.

Só no Vale do Aço, foram utilizadas 677 urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2020 realizadas dentro da Comarca de Ipatinga, incluindo as de contingências, para o caso de substituição por alguma falha ou defeito nos aparelhos.

Os auditores realizaram a contagem manual em todos os estados e confrontaram esses dados com os votos apresentados no sistema informatizado e na zerésima (relatório que compra que na urna estão registrados todos os candidatos e que não há nenhum voto computado, ou seja, a urna tem zero voto) da urna. Conforme os relatórios, não houve nenhum indício de irregularidade nos números.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, o relatório detalha que foi realizada a contagem manual de votos para conferir se os números batiam com a simulação realizada durante a votação paralela. A empresa selecionou uma urna da seção 203, localizada na zona eleitoral 250 da capital paulista.

Votação paralela
A votação paralela é um procedimento realizado pela Justiça Eleitoral em todas as eleições e tem o objetivo de averiguar os sistemas da urna eletrônica, atestando que não há desvio de votos, confirmando que o voto digitado é o mesmo que será computado e constará do Boletim de Urna (BU) após a votação por parte dos eleitores.

Procedimento
Cada procedimento é acompanhado por um juiz eleitoral, que preside as comissões compostas por servidores dos TREs. Essa auditoria ocorre no mesmo dia e hora da votação nas seções eleitorais e é feita com a participação de representantes de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e de qualquer interessado, pois a cerimônia é realizada em local público e de amplo acesso a qualquer cidadão.

Sorteio
Conforme prevê a resolução, são selecionadas, por meio de sorteio, urnas eletrônicas de cada unidade da Federação já preparadas para eleições oficiais. Essas urnas são retiradas do local de votação na véspera da eleição e levadas para o local escolhido. Cédulas em papel são preenchidas e depositadas em uma urna de lona, para que, no dia da auditoria, os participantes digitem esses votos tanto na urna eletrônica quanto em um sistema específico que computará os votos consignados em paralelo.

Auditoria externa
Para atestar o trabalho das comissões, há ainda a realização de auditoria externa realizada por empresa contratada especificamente para auditar e fiscalizar a atuação desses servidores durante a votação e verificar se estão de acordo com as normas. A verificação abrange o exame e a validação da organização, condução e conclusão dos trabalhos da Comissão de Votação Paralela. Os documentos publicados no Portal destacam os aspectos relevantes encontrados em cada fase do dia da eleição.

Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Rair Anício

15 de janeiro, 2021 | 08:50

“Só o ignorante, sociopata, miliciano e genocida moleque que ocupa a cadeira da presidência que agora começa a questionar quanto a legitimidade das urnas eletrônicas, porque em 2018 (quando ele foi eleito) não fez esse questionamento? Ou seja, pra ele só é legítimo se ele for vencedor, do contrário não serve, abre o olho Brasil, o que vimos acontecer na semana passada nos EUA pode acontecer aqui também e pior, com o apoio das forças armadas afim de se manterem no poder, mantemo-nos em alerta.”

Envie seu Comentário