11 de janeiro, de 2021 | 14:43

Desafios dos estudantes brasileiros

Cida Vidigal *


Não dá para negar que a queda na renda dos brasileiros, principalmente no período crítico da pandemia por conta do novo coronavírus foi rigorosa. O país vai ter que lidar com muitos desafios esse ano. Um deles é na área da Educação. Com a volta das aulas, presencial ou remota, a maior preocupação das famílias é sobre o valor das mensalidades nas instituições particulares.

Dos 8,6 milhões de estudantes inscritos pelo Censo da Educação Superior de 2019, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 6,5 milhões estudam na rede privada.

A boa notícia é que o Ministério da Educação (MEC) irá abrir 93 mil vagas para universitários fecharem contratos no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em todo o ano de 2021. A informação é do Plano Trienal do Fies, publicado no Diário Oficial da União.

Fazendo uma retrospectiva, o Fies é um programa do Governo Federal criado em 1999 para substituir o Programa de Crédito Educativo – PCE/CREDUC. Seu objetivo é financiar a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm condições de arcar com as despesas da sua formação. Podem participar os alunos que estejam regularmente matriculados em instituições privadas que sejam cadastradas no Fies e tenham avaliação positiva nos processos administrados pelo MEC.

Muitos alunos e até mesmo os pais perguntam se o Fies vale a pena? A conquista de um diploma e a chance de boas oportunidades no mercado de trabalho é um sonho para a maioria dos estudantes. E a oportunidade oferecida pelo Fies em que o estudante possa financiar a sua faculdade pode sim ser bastante válido.

Segundo um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um trabalhador que possui diploma de curso superior no Brasil ganha um salário até duas vezes mais alto do que profissionais com apenas o ensino médio.

Um dos cursos mais desejados no Brasil, por exemplo, é o Direito. A possibilidade de ganhar um bom salário e um mercado de atuação diversificado atraem milhões de estudantes, anualmente, para esta graduação. Pelo fato do país possuir o maior número de faculdades de Direito do mundo, pode ajudar a diversificar as mensalidades do curso. De Norte a Sul é possível encontrar valores de R$ 350 a até mais de R$ 4.000, variando de acordo com cada instituição.
Na contramão dos que têm estudo, infelizmente ainda hoje, no Brasil somam-se 11 milhões de pessoas que sequer sabem ler nem escrever.

A finalidade do Plano Nacional de Educação é acabar com o analfabetismo até 2024. Mas esse plano pode ir por água abaixo pois com a suspensão das aulas presenciais, por consequência da pandemia da covid-19, a alfabetização foi bastante prejudicada.

* Advogada, educadora, coordenadora do curso de Direito da Faculdade Batista de Minas Gerais e advogada.
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