11 de janeiro, de 2021 | 08:01

Troca de acusações entre envolvidos no latrocínio na Cachoeira dos Pregos

Jovem suspeito que era procurado pela polícia se apresentou à Polícia Civil no fim de semana e negou ser autor dos tiros

Enviado para o Diário do Aço
Marcelinho, como era conhecida a vítima, morreu a tiros na Cachoeira dos PregosMarcelinho, como era conhecida a vítima, morreu a tiros na Cachoeira dos Pregos

Apresentou-se à delegacia de Polícia Civil, acompanhado de um advogado, Henrique Faier Araújo, de 19 anos, suspeito de participação no latrocínio (roubo seguido de morte) de Marcelo Reis de Souza, o Marcelinho, de 40 anos , morto a tiros na Cachoeira dos Pregos, na zona rural de Ipatinga. O crime foi descoberto na sexta-feira (8) e um casal foi preso ainda no mesmo dia. Henrique estava foragido e procurou a delegacia, no sábado à noite (9), para dar sua versão dos fatos.

Como vem informando o Diário do Aço, o corpo de Marcelo foi encontrado na manhã de sexta-feira. A vítima apresentava marcas de disparos de tiros na região torácica, costas e em um dos dedos da mão direita. Naquele momento, a vítima estava como desconhecida e no local do crime foi encontrado um cachimbo usado para fumar crack, pé de chinelo e uma moeda de R$ 1.

Encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), o corpo de Marcelo foi reconhecido por familiares. Eles confirmaram se tratar de Marcelinho, que trabalhava na portaria do pronto-socorro do Hospital Márcio Cunha.

O caso começou a ser esclarecido quando a família comunicou à polícia que os autores do crime estavam sacando dinheiro na conta bancária de Marcelo. Com a localização de Rauan Mateus Almeida da Silva, de 18 anos, na sexta-feira à noite, o cerco foi se fechando para a elucidação do latrocínio.

Rauan encontrava-se na companhia da companheira, uma jovem de 20 anos, ao ser detido pela Polícia Militar em um VW Gol de cor branca, modelo antigo (quadrado), no bairro Cidade Nobre. Este veículo foi filmado por câmeras de segurança nas proximidades de um banco onde foi feito saque na conta de Marcelo. Em poder do casal estava um cartão bancário da vítima e outros objetos pessoais, como fotografias 3X4.

Rauan negou ter participado do latrocínio e disse que apenas levou a vítima e Henrique até a Cachoeira dos Pregos onde usariam drogas no fim da noite de quinta-feira (7). “Ele (Marcelo) me pagou R$ 50 e deixei os dois lá. Não tenho nada com a morte”, disse o jovem inocentando ainda a companheira, que acabou também conduzida para a delegacia ao ser abordada pela Polícia Militar no bairro Cidade Nobre.

Apesar da alegação do casal, os dois foram atuados em flagrante pela delegada plantonista, Lívia Athaíde, na 1º Delegacia Regional de Ipatinga, e encaminhados ao Ceresp no sábado. Ela adiantou ao Diário do Aço que a Polícia Civil poderia pedir a prisão de Henrique, caso não fosse localizado e nem se apresentasse para dar sua versão dos fatos.

Apresentou-se à Polícia Civil

Horas mais tarde, acompanhado do advogado Rodrigo Márcio do Carmo Silva, Henrique foi até a delegacia no fim da noite de sábado. Ele prestou depoimento e disse que não teve envolvimento na morte de Marcelo. O suspeito alegou, ao ser liberado, já que não estava em flagrante, que o autor dos tiros foi Rauan quando os três se encontravam na Cachoeira dos Pregos e sabiam que a vítima estava com dinheiro no banco, das férias recebidas e de uma partilha de uma herança.
Reprodução
Este foi o carro usado para transportar a vítima até ao local do crimeEste foi o carro usado para transportar a vítima até ao local do crime

Henrique alegou que se assustou quando Rauan sacou um revólver e alegou que iria roubar Marcelo. “Entramos em luta corporal e, Marcelo ao tentar correr, tomou um monte de tiro. Ele (Rauan) me ameaçou de morte para sacar o dinheiro, no outro dia. Retirei R$ 1,2 mil após me passar o cartão e a senha. Rauan me deu R$ 100 e ficou com o resto. Depois dele ir embora, não mais o vi”.

Vítima estava de férias

Marcelinho trabalhava na portaria do Pronto-Socorro do Hospital Márcio Cunha, atendendo as pessoas que chegavam em busca de atendimento médico com a entrega de macas ou cadeiras de rodas. Ele havia saído de férias na segunda-feira e planejava viajar com a esposa. O enterro do corpo ocorreu no fim da tarde de sábado (9), no cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, em Ipatinga, depois de ser velado no Salão-Velório da Funerária Nova Aliança.
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Comentários

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Boa Noite

17 de janeiro, 2021 | 23:43

“? muito lindo ler isso, o cara matou com crueldade um trabalhador e pai de família.
Saiu do flagrante se apresentou e saiu na porta da frente da delegacia. Tipo assim: " eu mato uma pessoa, destruo várias famílias e essa culpa tem um tempo ( acho que 48 hrs).
Que lei é essa, antiga e defasada?”

Marcos

11 de janeiro, 2021 | 19:37

“Esses bandidos(as)devem ser levados a juri popular.Vagabundos!Que JUSTICA seja feita.Que Deus console os familiaregrQue a familia procure um advogado que nao seja de Ipatinga.Tem muito profissional do direito aqui que deveria estar atras das grades.”

Rick

11 de janeiro, 2021 | 11:18

“Crime covarde que merece punição severa”

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