09 de janeiro, de 2021 | 08:00

Estoques de sangue estão em baixa

No Hospital Márcio Cunha, agendamentos são realizados para doação, mas muitos não têm comparecido

Divulgação
Com o estoque do hospital vulnerável, há o risco de desabastecimento, principalmente de plaquetasCom o estoque do hospital vulnerável, há o risco de desabastecimento, principalmente de plaquetas
O comparecimento de doadores aos bancos de sangue tem sofrido queda em Minas Gerais. Atualmente, os estoques de sangue dos tipos positivos estão, em média, 50% abaixo do ideal, enquanto os dos tipos negativos, 40%, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Na região, a médica hematologista e responsável técnica pelo setor de Hemoterapia do Hospital Márcio Cunha, Elisa Helena Gomes, destaca a importância de doar.

As quedas dos estoques dos tipos sanguíneos O positivo e A positivo chegam a 60% cada, e do tipo O negativo, 50%. A assessora de Captação e Cadastro de Doadores da Hemominas, Viviane Guerra, explica que, historicamente, nos fins de ano o volume de doações cai, por ser uma época de férias escolares, festas e viagens. “Temos conhecimento que os estoques de sangue vêm sofrendo com a baixa no comparecimento de doadores desde o início da pandemia, não somente em Minas Gerais. Por isso, é de extrema importância que haja uma mobilização para que os hemocentros consigam reverter essa situação”, alerta.

A pandemia da covid-19 tem contribuído para os baixos estoques no setor de Hemoterapia do HMC. A médica pondera que o banco de sangue depende diretamente do apoio da população e tem sofrido o impacto direto por causa da pandemia. “Apesar da recomendação de as pessoas evitarem ao máximo de virem ao hospital, no caso da doação de sangue o risco é minimizado, pois os doadores não têm contato com outros pacientes e tudo é feito de forma segura. Com o estoque do hospital vulnerável, há o risco de desabastecimento, principalmente de plaquetas, material essencial para pacientes que possuem alguma doença que dificulta a coagulação, como os pacientes oncológicos”, explicou.
Cherline Vasconcelos Lopes Silva é doadora desde 1998Cherline Vasconcelos Lopes Silva é doadora desde 1998

Vidas em jogo
Auxiliar Administrativo Jurídico da Fundação, Cherline Vasconcelos Lopes Silva é doadora desde 1998 e destaca a importância do ato. “Sempre que posso, faço a doação duas vezes por ano. Em 2020, mesmo em meio à pandemia, não deixei de doar, pois tenho a consciência de que posso salvar muitas vidas. Se cada um doar pelo menos uma vez já faz uma grande diferença. Espero continuar doando e ajudando os que precisam”, vislumbra.

Doações
Os interessados em doar no Hospital Márcio Cunha podem ligar para 3829-9600 ou por meio do WhatsApp 99686-1060. Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 15h às 18h. São critérios para doação estar em boas condições de saúde; ter entre 18 e 69 anos ou idade de 16 a 17 anos com o consentimento formal dos responsáveis legais; pesar mais de 52 kg; ter comportamento sexual seguro; não precisa estar em jejum para doar sangue; pessoas que tiveram covid-19 podem doar a partir de 30 dias do diagnóstico.

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