06 de janeiro, de 2021 | 17:50

Trump diz que 'nunca' aceitará derrota


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que nunca vai aceitar a derrota. O republicano pediu que seu vice, Mike Pence, não certifique a vitória de Joe Biden nas eleições nos Estados Unidos.

O Congresso dos Estados Unidos se reuniu nessa quarta-feira (6) para a realizar a contagem e certificação dos votos do Colégio Eleitoral nas eleições do último dia 3 de novembro, as quais deram a vitória ao democrata Joe Biden. A sessão acabou invadida por apoiadores de Trump, que momentos antes participaram de um ato político nas proximidades.

Entre os manifestantes e invasores do parlamento, estavam homens fantasiados de vikings, outros carregam simbolos de movimentos da extrema direita e bandeiras dos EUA, além de faixas da campanha presidencial de Trump.

A reunião é apenas um passo formal para a certificação do nome do vencedor, apesar de deputados e senadores poderem fazer objeções. Ela marca o fim oficial do processo eleitoral e nunca na história do país houve algum bloqueio do nome escolhido pelo Colégio Eleitoral - ainda mais quando o vencedor teve uma vitória tão exponencial de 306 a 232.

No entanto, neste ano, a situação é diferente porque Trump não admite a derrota e alega, sem apresentar provas, que a eleição foi roubada. O republicano, inclusive, está pressionando seu vice, Mike Pence, a não certificar a vitória de Biden.

Estimulados pelo líder, centenas de apoiadores de Trump invadiram a sede do Congresso. As autoridades de segurança da Casa Legislativa esvaziaram uma das alas do prédio principal, onde ocorria a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden, após receber uma ameaça de bomba. Somente por volta das 18h as forças de segurança disseram que o Parlamento estava novamente seguro.

O vice-presidente Mike Pence foi escoltado e retirado do edifício, segundo a imprensa estadunidense, enquanto os senadores e deputados foram levados para locais seguros dentro do prédio principal. As autoridades pediram para os parlamentares manterem as máscaras de gás prontas para o uso de gás lacrimogêneo.

A vice-presidente eleita Kamala Harris está dentro do Congresso, mas de acordo com sua equipe, ela também está em um lugar seguro.

A prefeitura de Washington determinou um toque de recolher a partir das 18h de hoje até às 6h da manhã seguinte para tentar acalmar os ânimos. Os manifestantes entraram em confronto com os policiais americanos no Capitólio, mas os agentes não conseguiram detê-los.

O protesto foi incentivado pelo próprio presidente dos EUA em comício e publicações no Twitter. Em um post na rede social, Trump pediu que seus apoiadores protestassem "pacificamente" e que confiassem nas forças de segurança americanas. Entretanto, pouco tempo antes, foram registrado confrontos e vandalismo.

Intolerável

O vice-presidente Mike Pence classificou a ação de vândalos contra o Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, como um “ataque”. Após ser escoltado para fora do prédio, Pence publicou nas redes sociais que a “violência e a destruição devem parar agora”:

“Todos os envolvidos devem respeitar os policiais e deixar o prédio imediatamente”.
Pence completou: “O protesto pacífico é o direito de todo americano, mas este ataque ao nosso Capitólio não será tolerado e os envolvidos serão processados em toda a extensão da lei.”
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

07 de janeiro, 2021 | 09:58

“No final de 2022 será a vez do Brasil, mas com uma grande diferença, os democratas tupiniquins, das "esquerdas", centro ou "direitas*", ao contrário dos norte-americanos, somos chegados a uma Democracia de resultados político-econômicos que beneficie seu grupo. Portanto, a virada de mesa por parte de um pequeno grupo, com apoio dos "democratas", é muito provável. *Não é sinônimo de fascista.”

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