CADERNO IPATINGA 2024

20 de dezembro, de 2020 | 10:00

Prefeitos da Região Metropolitana explicam planejamento para vacinação contra a covid-19

Divulgação
Fase inicial da imunização será feita em grupos prioritários Fase inicial da imunização será feita em grupos prioritários
(Bruna Lage - Repórter do Diário do Aço)
A vacinação contra a covid-19 tem sido o assunto em pauta. Em todo o mundo, a expectativa que uma imunização contra a doença seja disponibilizada para a população é grande. Na região, o tema voltou a ser motivo de burburinho após o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius Bizarro (PSDB), participar do lançamento do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, em Brasília, no dia 16.

O chefe do Executivo tinha em mãos, inclusive, a quantidade de doses que seriam necessárias para vacinar o grupo prioritário de sua cidade. O Diário do Aço procurou os prefeitos eleitos de Ipatinga e Santana do Paraíso, Gustavo Nunes (PSL) e Bruno Morato (Avante), assim como o de Timóteo, Douglas Willkys (PSB), reeleito para o cargo, para explicarem seus planos de vacinação.

Marcos Vinícius apresentou ao Ministério da Saúde seu plano de imunização. “Em Fabriciano serão necessárias 96 mil doses, considerando a aplicação da 1ª e 2ª doses para vacinar os grupos prioritários. Conforme o Ministério, a expectativa é realizar a campanha em março”, antecipou o prefeito, acrescentando que a rede de Saúde de Fabriciano está pronta e promete imunizar a população em tempo recorde, tão logo as doses sejam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e liberadas pelo Ministério da Saúde.

Ipatinga

O prefeito eleito, Gustavo Nunes destacou, por meio de sua assessoria, que os municípios estão sob a direção do Ministério da Saúde. “O que iremos fazer é buscar as parcerias necessárias e fazer a nossa parte para que possamos agir de forma rápida e organizada quando iniciar o processo. Sobre a ordem de vacinação e se vamos conseguir vacinar todos em 2021, dependemos da disponibilidade e do calendário proposto pelo Ministério da Saúde. Iremos fazer todo esforço necessário para que consigamos, se possível, vacinar a todos, mas sabemos que não depende só da prefeitura”, ponderou.

Questionado se haveria possibilidade de buscar parceria com alguma empresa da cidade, de modo a facilitar a compra das doses, o prefeito eleito afirmou que “sua equipe já está estudando o tema e, assim que tomar posse, buscará possibilidades de formalizar essas parcerias”.

Santana do Paraíso

O prefeito eleito em Santana do Paraíso, Bruno Morato, informou que participou de uma reunião na Superintendência Regional de Saúde, onde o assunto foi tratado. “A princípio, os órgãos competentes ainda precisam aprovar e disponibilizar as vacinas. O que nós fizemos foi preparar nossa equipe para o enfrentamento de um pico, que é esperado para janeiro. E também já abrimos os caminhos para qualificar nossa equipe para que, quando a vacina já estiver disponível, a gente tenha uma equipe qualificada e apta a imunizar a população, obedecendo aos critérios que forem definidos pelos órgãos competentes”, vislumbrou.

Veja também:
Ipatinga registra mais duas mortes causadas por covid-19
Números oficiais da pandemia nos municípios do Vale do Aço

Timóteo

A assessoria de imprensa do governo timoteense destacou que a vacinação contra a covid-19, como qualquer tipo de vacinação, será feita de forma nacional, ou seja, as vacinas serão fornecidas pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), assim que estas sejam liberadas pela Anvisa, garantindo segurança e confiabilidade ao imunobiológico.

A operacionalização da imunização será feita de acordo com o Plano Nacional, com previsão de que seja feita em um prazo de quatro meses seguindo os grupos prioritários. Fase 1: profissionais de saúde, pessoas de 75 anos e mais, pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas e indígenas; Fase 2: pessoas de 60 a 74 anos; Fase 3: comorbidades; Fase 4: professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Ainda conforme a assessoria, o plano do Ministério da Saúde não prevê data para o início da vacinação. O município de Timóteo, por meio da Secretaria de Saúde, está em fase de planejamento da vacinação por meio da elaboração de um Plano de Contingência Municipal, onde estão sendo traçadas estratégias como forma de otimizar a ação, evitando aglomerações e risco à população.

“Ressaltamos que, como a vacinação será nacional, o município deverá cumprir os critérios de vacinação do Ministério da Saúde, com relação aos prazos para execução e faixas etárias a serem vacinadas. Estamos trabalhando intensamente para garantir aos nossos usuários um processo de vacinação organizado e seguro, onde todos receberão a vacina conforme preconizado pelo SUS”, disse o secretário municipal de Saúde, Eduardo Morais.

Polêmica em torno da vacinação

No dia 17 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu aval para que os governos locais possam estabelecer medidas para vacinação compulsória da população contra a covid-19. Conforme o entendimento, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem estabelecer medidas legais pela obrigatoriedade, mas não podem determinar a vacinação forçada. 

O caso foi julgado de forma preventiva. Até o momento, nenhum dos laboratórios que desenvolvem a vacina contra o novo coronavírus pediu autorização da Anvisa para comercialização do produto. 

Com a decisão do STF, nenhuma lei poderá prever que o cidadão seja levado à força para tomar a vacina, mas a eventual norma poderá prever a restrição de direitos pela falta de comprovação da vacinação, como deixar de receber um benefício, ser proibido de entrar em algum lugar ou ser impedido de realizar matrícula escolar na rede pública de ensino. 

Na semana passada, um protesto pelo “livre arbítrio” começou a ser articulado em âmbito nacional, sob a alegação de que o cidadão deve decidir se será ou não imunizado. No dia 15 de dezembro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que “eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu”, engrossando o coro. De todo modo, a vacinação no Brasil, assim como em todo o mundo, ainda não está ao alcance de todos, imunização que deve começar a ganhar força em 2021, para grupos prioritários, inicialmente.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário