17 de dezembro, de 2020 | 14:03
As epidemias e suas razões - Segundo Yuval Noah Harari
Wanderson R. Monteiro *
Uma dessas revelações tem sido a falta de manejo e preparo ao combate às doenças, mesmo com toda a tecnologia e conhecimento que a humanidade dispõe em nosso mundo atual, tal ponto é destacado por Yuval Noah Harari, em seu livro "Homo Deus", publicado em 2015.
Antes do início da pandemia, Yuval Noah Harari estava recebendo um grande destaque como o mais novo pensador ateu da atualidade. Harari é professor da Faculdade Hebraica de Jerusalém, autor de "Sapiens: Uma Breve História da Humanidade", "Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã", e "21 Lições Para o Século 21".
Em seu livro "Homo Deus", ao falar sobre as doenças, Harari demonstra grande confiança no avanço da medicina e da ciência, por meio da biotecnologia, para o controle e erradicação das mesmas. Chegando a culpar as instituições, como a OMS, por negligência e descaso, se/e quando uma epidemia sai de controle, dizendo que, quando isso acontece, é por culpa da falha humana.
Harari cita como exemplo a epidemia de Ebola, ocorrida em 2014 na África Ocidental. Segundo ele, um relatório inicial publicado em 18 de outubro de 2014 criticava a OMS por ter reagido de maneira insatisfatória à eclosão do vírus; a culpa pela epidemia recaiu sobre a corrupção e a ineficiência do órgão em contê-la. Na época, críticas foram dirigidas à comunidade internacional por não terem reagido com rapidez suficiente. Harari conclui dizendo que essas críticas partem da premissa de que a humanidade dispõe do conhecimento e dos instrumentos de prevenção; e, "se mesmo assim uma epidemia sai do controle, isso se deve mais à incompetência humana".
Além da incompetência humana, Harari também destaca que a mesma tecnologia e conhecimento também podem ser usados para a criação de novas doenças e epidemias, e nos alerta para termos cuidado com o perigo que a natureza humana, o ser humano, representa. Harari diz: "Mas, e quanto aos perigos inerentes à natureza humana? A biotecnologia nos capacita a derrotar bactérias e vírus, porém simultaneamente faz com que os próprios seres humanos se tornem uma ameaça sem precedentes. As mesmas ferramentas que capacitam médicos a identificar e curar rapidamente doenças novas podem também capacitar exércitos e terroristas a arquitetar doenças ainda mais terríveis e patógenos apocalípticos. Portanto, as grandes epidemias vão continuar a pôr a humanidade em perigo no futuro se, e somente se, a própria humanidade as criar, a serviço de alguma ideologia brutal".
Como a história tende a se repetir, ainda mais quando há incompetência na parte de prevenção, cá estamos nós, no final 2020, sofrendo com mais uma epidemia que parece ter seguido a risca o roteiro da epidemia de 2014, mas agora em escala mundial, com direito a "falhas", negligência, demora em tomar as atitudes necessárias, descaso, e com o acréscimo de disputas ideológicas.
* Bacharel em Teologia pelo ICP - Instituto Cristão de Pesquisas.
São Sebastião do Anta (MG) [email protected]
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Tião Aranha
17 de dezembro, 2020 | 18:47“Discordo do Harari-, a única saída que a humanidade tem será tomando a vacina; embora somente daqui a 10 anos saberemos, já na fase de teste 4, da verdadeira eficácia da mesma. E se essa vacina tomada alterar em definitivo o DNA tornando estéril os seres humanos (ninguém sabe - é apenas uma possibilidade que ninguém aventou). Mas, pelo visto, a vacina do RNA mensageiro produzida por dois laboratórios dos EUA têm tido de 95% de eficácia, segundo os cientistas, pois ao penetrar na célula ela produz no geral um proteína específica que neutraliza a ação da espícula viral invasora da membra da célula - protegendo todo o corpo humano. Agora vamos à Teologia. Este SALMO 32 (poema de Davi) - linha 9 - "Não seja como cavalo ou jumento, que não compreendem nem rédea nem freio: deve-se avançar para domá-los, sem que se aproximem de você", explica, teologicamente falando, que o Homem quando age de maneira irracional está agindo como se fosse um animal.
Em outras palavras, quando o homem encobre seu próprio pecado, passa experimentar como peso o sofrimento da culpa e até o próprio Deus. João também disse que sobre a Terra não ficará nada encoberto.”