12 de dezembro, de 2020 | 00:01

Boas novas

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
O empresário Sérgio Coelho foi eleito na última sexta-feira para ser o 46ª presidente do Clube Atlético Mineiro, para o triênio 2021-2023. E foi candidato único, fato inédito na centenária história do clube, fruto de um acordo político a fim de evitar disputas internas que poderiam abalar o ambiente e respingar no time em campo.

O atleticano sabe quem dá as cartas e de fato manda hoje no Galo, o chamado grupo dos “4 Erres”, composto pelos empresários atleticanos Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador, responsáveis pelos aportes milionários que foram feitos nesta temporada e que mudaram o Galo de patamar no cenário do futebol nacional, com a promessa de aumentar ainda mais os investimentos nos próximos anos, sobretudo visando a inauguração da “Arena MRV”, em 2022.

A torcida do Galo quer ter um bom time para chamar de seu, de preferência um time que conquiste títulos importantes e seja sempre protagonista em todas as competições das quais vier a participar, o que se desenha possível com a continuidade da filosofia adotada, contando com a participação e apoio dos empresários.

Ainda vivo
O Cruzeiro fez valer novamente a sua força jogando fora de casa, derrotou o Vitória por 1 x 0, gol do zagueiro Ramon, no finzinho do primeiro tempo, o que renova as esperanças do torcedor celeste de conseguir ainda este ano o acesso à Série A.

Com dois meses e meio de salários atrasados dos jogadores do grupo profissional, além de uma folha de pagamento do futebol feminino, da base e do administrativo, temia-se pelo resultado, após o empate com o futebol pífio apresentado contra o CRB, na rodada anterior.

O Cruzeiro tem agora 38 pontos ganhos, está em 11º lugar, 10 pontos à frente do Figueirense, o primeiro do Z-4, não havendo mais motivo para o discurso de extrema cautela adotado pelo técnico Felipão, que elegeu a luta contra o rebaixamento como prioridade, deixando o acesso para 2021.

A situação continua complicada, mas melhorou bastante com os últimos resultados, cabendo ao time celeste vencer os seus jogos e secar os que estão acima na tabela, a começar pelo CSA, 4º colocado, com 44 pontos, seu próximo adversário na terça-feira (15), no Independência.

FIM DE PAPO
• Ao transferir os jogos que ainda lhe restam como mandante - CSA, Cuiabá, Oeste, Operário e Náutico - para o Estádio Independência, a diretoria do Cruzeiro mira além da economia e redução das despesas em relação ao Mineirão. Vai também mexer com a zona de conforto dos jogadores, que mesmo sem poder contar com o apoio da torcida no estádio, vão topar com um ambiente completamente diferente daquele ao qual estavam acostumados no Mineirão, onde não vinham conseguindo obter bons resultados.

• O Cruzeiro é um clube gigante e não pode pensar pequeno, se acomodar. O discurso conformista do técnico Felipão, de ficar este ano na Série B, já estava incomodando a torcida, que aplaude o bom trabalho feito por ele e sua importância para a recuperação do time, mas não deseja de jeito nenhum passar 2021, o ano do centenário, na 2ª Divisão nacional. A esperança está de volta, agora que ficou a seis pontos do G-4, diferença que não existiria caso não houvesse sido punido pela Fifa.

• O discurso pessimista do técnico Felipão, que tende agora a mudar, se o time continuar vencendo, traz à lembrança um personagem, seu ex-colega no comando da Seleção Brasileira, o mineiro de Carangola Flávio Costa, considerado o principal culpado, o grande vilão na derrota e a perda do título mundial para o Uruguai, em 1950. Felipão, mesmo tendo conquistado todos os títulos possíveis na sua longeva carreira, é crucificado e será sempre lembrado pela goleada de 7 x 1 sofrida para a Alemanha, no Mineirão, que nos eliminou de forma vergonhosa da Copa de 2014.

• Pouco antes de morrer, em 1999, no Rio de Janeiro, aos 93 anos de idade, Flávio Costa foi a uma noite de autógrafos do livro “Anatomia de uma derrota”, onde o autor, o saudoso jornalista Paulo Perdigão, descreve com grande fidelidade e maestria o dramático insucesso brasileiro no que ficou conhecido como “Maracanazzo”. Ao chegar ao local do evento, Flávio Costa foi abordado por uma desinformada repórter de TV: - O senhor é o autor? - perguntou ela. - Não, eu sou a derrota - respondeu ele. (Fecha o pano!)
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