13 de dezembro, de 2020 | 08:00

Recuperado da covid, jovem relata importância da prevenção e de uma equipe preparada para vencer essa luta

“Eu morri por 15 minutos e voltei. Mas não é todo mundo que consegue voltar, eu sei bem disso. Apaguei novamente e só acordei depois de 26 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Deus e os excelentes profissionais da linha de frente do Hospital Márcio Cunha me trouxeram de volta e, eu renasci, ganhei uma nova oportunidade de vida. É um milagre eu estar vivo hoje. Essa doença é muito perigosa. Não é o momento de relaxar. A pandemia está aí e ela não acabou. O que eu passei foi muito sério e pode acontecer com qualquer pessoa”.

O relato emocionante é do gerente de vendas Mário Lúcio Fernandes Pimentel Júnior. Com 26 anos, Mário conseguiu superar a covid-19. Ele chegou ao Hospital Márcio Cunha (HMC) no dia 9 de julho, em estado grave, com pneumonia e testou positivo para a covid-19. Teve uma parada cardíaca e passou dias intubado na UTI.

Depois do coma, Mário ainda passou mais 15 dias internado. Foram, ao todo, 41 dias internados no HMC, em tratamento e lutando contra a doença. “Eu agradeço todos os dias por estar vivo, pela equipe de profissionais que cuidou de mim, de estar em uma unidade com estrutura adequada e pelo apoio da minha família. Todos eles são muito especiais. Esses médicos e enfermeiros enfrentam uma doença que eles também podem pegar, mas estão lá, cuidando da gente, com coragem, dedicação e mais do que isso, com carinho, com humanidade. Eles são guerreiros mesmo”, comenta Mário.

Recuperação

Ainda de licença médica e se recuperando em casa, o jovem conta que está bem, com dificuldades de mover os pés por causa de uma lesão. “Hoje eu consigo ficar de pé, andar, fazer o básico. Ficaram algumas cicatrizes, mas elas são importantes para lembrar tudo o que passei e valorizar ainda mais a vida, a importância de nos cuidarmos, ou seja, da prevenção e do tratamento médico que recebi. Vou passar a minha vida inteira agradecendo aos médicos e toda equipe que cuidou de mim. Eu estou bem. Eu venci a covid-19”, afirma.

Luta

A história de Mário Lúcio é só um exemplo dos muitos pacientes que tiveram covid-19 e lutaram para sobreviver. O Vale do Aço, o Brasil e o mundo ainda passam pela grave pandemia. Nesta luta contra a covid-19, o país já perdeu 180.437 vidas para a doença (conforme balanço do Ministério da Saúde divulgado sexta-feira, 11).

“Os profissionais da saúde, que também têm histórias e famílias, se dedicam todos os dias para salvar vidas. E cada vida é importante. Vamos sempre nos dedicar e fazer a diferença para salvarmos vidas. Mas até a doença se estabilizar e a vacina for possível para todos, é imprescindível reforçar que não é momento de ‘relaxar’, a importância de cada um fazer a sua parte para evitar um mal muito maior. É preciso não relaxar com as medidas de prevenção e cuidados como distanciamento social, evitar aglomerações, usar máscara e álcool em gel”, reforça Mauro Oscar Soares de Souza Lima, diretor de Hospitais da Fundação São Francisco Xavier.

Para o diretor, o momento é de cooperação e amor ao próximo. “A saúde é o bem mais importante que temos nesta vida. Cuidar da gente é também cuidar do outro. Vamos juntos vencer a covid-19, mas para isso precisamos da ajuda de toda a população”, conclui.