11 de dezembro, de 2020 | 16:49

Plano ''Brasil sem Miséria'' transforma realidade de pequenos produtores rurais em Coronel Fabriciano

Divulgação
Cristina e Antônio são pequenos produtores rurais, ambos da Serra dos Cocais, assistidos no plano ''Brasil sem Miséria''Cristina e Antônio são pequenos produtores rurais, ambos da Serra dos Cocais, assistidos no plano ''Brasil sem Miséria''

As verduras cultivadas por Cristina Rodrigues estão cada vez mais viçosas e conquistando clientes. Recentemente, ela investiu numa nova bomba de cisterna, melhorou a irrigação da horta, fez alguns reparos no galinheiro, contratou um ajudante e vê a produção ampliar a cada dia. Na propriedade vizinha, Antônio Aniceto comprou insumos e acompanha de perto o desenvolvimento de suas mudas de frutas e legumes, em especial das maçãs.

Cristina e Antônio são pequenos produtores rurais, ambos da Serra dos Cocais, assistidos no plano “Brasil sem Miséria”. Executado desde 2017 no município, a iniciativa do governo federal busca apoiar famílias em situação de vulnerabilidade social com foco em empreendimentos nos setores agropecuário, artesanato, agroindústria dentre outros, informa a administração local.

Em Fabriciano, a iniciativa é realizada por meio de convênio com a Prefeitura com execução da Emater-MG. Este ano, 13 famílias estão inseridas e cada uma delas vai receber R$ 2,4 mil para desenvolver um empreendimento onde vivem e incrementar a renda. Antes, os participantes participam de reuniões, recebem capacitação e apoio técnico para fazer um projeto e definir o melhor uso do recurso. No caso de Cristina e Antônio, a primeira parcela do benefício já chegou, foi bem empregada e eles começam a colher os frutos e melhorar a vida. Para Fabriciano, são esperados investimentos no valor total de R$ 28,8 mil para usar com este grupo.

Manoel de Barros Simões, zootecnista e técnico da Emater em Fabriciano, explica o funcionamento do plano. “O recurso não é reembolsável e é repassado diretamente para a família cadastrada para que possam instalar um projeto ou melhorar uma atividade já existente, seja ela agropecuária ou não. Como as famílias beneficiadas estão inseridas no meio rural, a tendência é que usem o recurso para este fim. Neste grupo, por exemplo, boa parte das famílias assistidas definiu nos seus planos de trabalho usar o recurso para criação de aves caipiras, melhorias nas hortas e pomares e incrementar a produção com outros gêneros, por exemplo, mandioca e milho”, detalha.

Cadastro e acompanhamento

Em Fabriciano, o cadastro e inclusão das famílias participantes envolveram as secretarias de Governança da Assistência Social por meio do (Cras), do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura e Emater-MG. Outro ponto importante é que as famílias são acompanhadas antes e depois do recebimento do recurso federal, garantido o melhor uso possível dentro dos projetos priorizados por elas mesmas.

De acordo com o técnico da Emater-MG, um dos responsáveis pelo acompanhamento das famílias em Fabriciano, os depoimentos são significativos. “Muitos dizem que se não fosse o programa, eles não teriam como adquirir o que compraram e que já estão vendo em período curto de tempo, retorno financeiro com venda de alimentos e produtos, serviços prestados, além da melhoria na alimentação, autonomia no plantio e visibilidade de clientes e consumidores”, explica Manoel de Barros.

Para participar, a renda “per capita”, ou seja, “por pessoa” da família deve ser inferior a R$ 89. Caso ocorra o contrário, o cadastro não pode ser feito.

Brasil sem miséria

O BSM existe desde 2011 e é executado no Brasil inteiro. O próprio se baseia em três pilares: garantia de renda para alívio imediato da situação de extrema pobreza; acesso aos serviços públicos, visando melhorar as condições de educação, saúde e cidadania das famílias; e inclusão produtiva, com o objetivo de aumentar as capacidades e as oportunidades de trabalho e geração de renda entre as famílias mais pobres do campo e das cidades.
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