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05 de dezembro, de 2020 | 09:40

Decreto proíbe venda de bebidas alcoólicas em bares de Belo Horizonte

Arquivo DA
O decreto 17.484/2020 traz um recuo nas medidas de flexibilização durante a pandemia da covid-19O decreto 17.484/2020 traz um recuo nas medidas de flexibilização durante a pandemia da covid-19

Os bares e restaurantes de Belo Horizonte não poderão mais vender bebidas alcoólicas no período em que estiverem abertos. A determinação da administração municipal de Belo Horizonte passa a valer a partir de segunda-feira (7) e atenderá a uma solicitação do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na capital, que levou em conta o aumento da taxa de transmissão por infectado (Rt) para restringir a flexibilização das atividades. O horário de funcionamento dos estabelecimentos permanece até às 22h.

O decreto 17.484/2020 foi publicado pelo governo de Belo Horizonte no Diário Oficial do Município (DOM) na sexta-feira (4) e traz um recuo nas medidas de flexibilização durante a pandemia. Segundo informado pela Secretaria Municipal de Saúde, a proibição da comercialização de bebidas é uma ação para evitar o fechamento total do comércio no período de maior faturamento. A administração diz que seguirá monitorando os números na capital e não descarta liberar novamente os estabelecimentos a vender bebidas. Por outro lado, se os números piorarem, o próprio prefeito Alexandre Kalil (PSD) avisou que poderá adotar o lockdown (fechamento dos estabelecimentos que prestam serviços não essenciais).

Contágio

Esta é a primeira vez que o município adota uma medida mais branda para tentar controlar a covid-19. No mês de julho, Kalil determinou o fechamento de todas as atividades, desagradando as associações de empresários da capital mineira. Em seguida, aos poucos, a prefeitura lançou um plano de flexibilização da economia, liberando os setores aos poucos para voltar às atividades de forma normal.

“Sabemos que é nos bares e restaurantes onde ocorre o maior número de contágio. Não é uma constatação só da Prefeitura de Belo Horizonte ou da Vigilância Sanitária, é uma constatação feita mundo afora”, destacou o secretário municipal de saúde, Jackson Machado. Ele acrescentou que não é o consumo em si da bebida que causa a doença, mas ela “é um forte atrativo para que a aglomeração aconteça”.

Atualmente, o número médio de transmissão por infectado está em 1,05 (estágio amarelo, intermediário), taxa considerada preocupante pelos infectologistas voluntários que integram o comitê. A ocupação de leitos de UTI (SUS + rede suplementar) para covid-19 é de 45,7%, enquanto 45,7% das enfermarias (SUS rede suplementar) para covid-19 estão sendo usadas na capital.
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