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05 de dezembro, de 2020 | 08:00

Outro líder

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Ao derrotar o Goiás na última quinta-feira (3), em Goiânia, em jogo atrasado válido pela 1ª rodada, o São Paulo, com um jogo a menos do que o Atlético, assumiu a liderança do Brasileirão, posição que dificilmente irá perder nesta rodada, onde irá enfrentar outro que está entre os piores times da competição, o Sport Recife, em casa, no Morumbi.

Nos programas de rádio e mesas redondas das TVs paulistas e paulistanas, a opinião quase unânime da crônica é de que se trata de um ensaio para o heptacampeonato do tricolor, que conquistou em 2008 o seu sexto e último troféu de campeão nacional.

Sei não. Ainda faltam 14 rodadas e tem muita água pra passar debaixo dessa ponte. Além do Atlético, o Flamengo, agora com o foco apenas no Campeonato Brasileiro, é um candidato em potencial ao título. E tem ainda o Palmeiras, em franca ascensão e correndo por fora, e o Internacional, que sofreu uma brusca queda de produção, devido à troca forçada de seu treinador, mas tem um elenco forte e capaz de reagir.

Dever de casa
Seria muito bom para o Galo que o São Paulo tivesse um tropeço, mas o jogo atrasado que ainda lhe resta será contra o Botafogo, outro time fraco e provável rebaixado, o que torna improvável qualquer derrapada do tricolor.

Agora, de nada vai adiantar um eventual tropeço dos paulistas se o Galo não fizer o dever de casa, deixando escapar pontos preciosos contra equipes que estão apenas lutando contra o rebaixamento, como nas derrotas sofridas para o Bahia, Fortaleza, Atlético-PR e por aí afora.

Hoje, no Mineirão, o Atlético vai receber o Internacional, um adversário direto na briga pelo título, com a obrigação de vencer, embora se trate de um clássico interestadual.

O Galo pode ser considerado favorito pelo momento atual das duas equipes. E se nada de novo tiver acontecido nos últimos exames dos jogadores para Covid-19, o técnico Jorge Sampaoli terá à sua disposição quase um time inteiro recuperado do novo coronavírus.

FIM DE PAPO
• O Cruzeiro de novo vive um momento de turbulência fora das linhas do campo. Os dirigentes trocam farpas e acusações, em meio à maior e mais grave crise financeira da sua história centenária, com dificuldades até para manter a folha de pagamento dos atletas e funcionários em dia. Lamentável, sob todos os aspectos, que o torcedor celeste tenha de assistir esse mi-mi-mi sem fim entre pessoas que ‘se dizem’ cruzeirenses e que, em tese, deveriam pensar exclusivamente em ajudar o clube a sair da situação esdrúxula, ralando na Série B para não ser rebaixado.

• Não fosse o calibre do seu técnico, Luiz Felipe Scolari, que até certo ponto tem conseguido blindar o time dos solavancos vindos de fora para dentro, a situação estaria muito pior do que já é. A vitória sobre o América, no meio da semana, deveria ser o ponto inicial de uma arrancada para tentar sair de vez da parte de baixo da tabela e buscar o acesso, mas nada garante que isso de fato vá ocorrer.

• O discurso moderado de Felipão, sobre voltar à Série A só em 2022, pode não ficar tão interessante assim caso o atual cenário venha a se manter, no tocante ao rebaixamento à Série B. Estão na fila dois outros gigantes, Vasco e Botafogo, além de clubes acostumados ao sobe e desce de divisões, como o Coritiba, Goiás e Sport, o que só faria aumentar a concorrência. Ao contrário, este ano a Série B só tem um clube de fato ‘grande’ que é o Cruzeiro.

• Como se já não bastassem todas as dificuldades financeiras vividas, ao ponto das jogadoras irem pedir dinheiro a motoristas nos semáforos da cidade, a fim de custear as suas despesas de viagem, as “Tigresas” do time feminino do Ipatinga Futebol Clube sofrem também com as desastrosas arbitragens nos jogos do Campeonato Mineiro Feminino. Na última partida, dentro do Ipatingão, foram literalmente ‘garfadas’ pelo “apito amigo”, que ajudou o Atlético a vencer. E o pior é que não tem onde reclamar, pois a Federação Mineira só quer saber de arrecadar, com a cobrança de taxas e outros penduricalhos, que sustentam o seu cabide de empregos.

• As imagens do lastimável e péssimo estado do gramado do Ipatingão, cujos cuidados, até então, eram merecedores de elogios, também chamaram a atenção. O “Gigante do Parque Ipanema”, um dos nossos principais cartões postais e um dos palcos mais importantes do futebol estadual, tem sofrido na mão de maus gestores. Foi abandonado pela administração anterior, que o entregou à atual com a energia elétrica cortada por falta de pagamento, entre outras mazelas. Agora, a gestão atual vai entregá-lo à próxima com seu maior patrimônio e motivo de orgulho, o gramado, literalmente em ‘petição de miséria’. (Fecha o pano!)
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