05 de novembro, de 2020 | 15:34

Centro de Biodiversidade da Usipa renova convênio com Arpava por mais um ano

Anna Paula Nogueira
O convênio consiste no fortalecimento do Programa de Recuperação da Fauna sem Lar do Vale do AçoO convênio consiste no fortalecimento do Programa de Recuperação da Fauna sem Lar do Vale do Aço

Pelo quarto ano consecutivo, o Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) dará continuidade à parceria firmada com a Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (Arpava). Nesta quinta-feira (5), o Convênio de Cooperação Técnica e Financeira, assinado em 2017, foi renovado, garantindo o prosseguimento do Programa de Reabilitação da Fauna sem Lar por mais um ano, informou a Usipa.

O Programa de Reabilitação da Fauna Sem Lar é uma ação conjunta entre o Cebus, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Arpava, a Polícia Militar de Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a Promotoria de Meio Ambiente de Ipatinga e a Usiminas.

A renovação da parceria foi realizada de manhã, na Usipa, e contou com a presença de representantes da Polícia Militar de Meio Ambiente e do Corpo de Bombeiros, do presidente da Usipa, Sanzio Figueiredo, do presidente da Arpava, Júlio Maria Gomes da Silva, do médico-veterinário e coordenador técnico responsável pelo Cebus, Lélio Costa e Silva, da bióloga do Cebus, Cláudia Diniz, entre outros convidados. Em função da pandemia, este ano, a solenidade foi restrita a poucos participantes.

O convênio consiste no fortalecimento do Programa de Recuperação da Fauna sem Lar do Vale do Aço. O objetivo do programa é prestar serviços médico-veterinários e atendimentos clínicos a animais silvestres recolhidos pela Polícia Militar de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros do Vale do Aço e pelo IEF, detalha a Usipa.

“Na região, o Cebus é o único local com estrutura adequada para recebimento destes animais. Após o convênio, esse atendimento passou a ser feito de forma mais satisfatória. Conseguimos reduzir a mortalidade e aumentar as solturas”, explica Cláudia Diniz.

Entenda o recurso

Em 2017, o Cebus celebrou convênio com o IEF e foi habilitado a prestar este tipo de serviço. Após esta autorização do IEF, foi possível celebrar o Convênio de Transferência de recursos com a Arpava, que custeia as ações em prol da fauna regional.

Desde então, até setembro de 2020, o Cebus já atendeu 1.227 animais, resgatados ou recolhidos pelos órgãos competentes, em situação de risco. Os animais atendidos são provenientes das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Ipaba, Açucena, Governador Valadares e região, Manhuaçu, Pingo D’Água, João Monlevade, Itabira, Bom Jesus do Galho, dentre outras.

Dentre os animais atendidos constam aves, répteis e mamíferos sendo que a maioria são aves (psitacídeos e passeriformes) vítimas do tráfico e mamíferos agredidos, atropelados ou feridos por equipamentos urbanos.

Neste período, o Cebus contabilizou a perda de 37% dos atendimentos por morte. Foram indivíduos que deram entrada no Centro de Biodiversidade em situação grave, com lesões profundas, sem chances de recuperação, mesmo recebendo atendimento adequado, informa a Usipa.

Até o presente momento, o Cebus conseguiu devolver para a natureza 41,3% dos indivíduos acolhidos. Outros foram transferidos para instituições com melhores condições de reabilitação para a soltura. Em alguns casos, a reabilitação para devolução à natureza não foi possível devido ao longo período em que estes animais permaneceram em cativeiro, recebendo alimentação diferente da encontrada em seu habitat original e desenvolvendo comportamentos que dificultam a ressocialização. Nestes casos, o Cebus se prontificou a abrigá-los em definitivo, sendo 8,1% do total incorporados ao seu plantel, mediante autorização do IEF.

Atualmente, permanecem em reabilitação 13,7% dos animais que aqui chegaram. “Este convênio, intermediado pela Polícia Ambiental, fortaleceu uma atividade já desenvolvida há muitos anos: o abrigo e tratamento de animais silvestres. Eles são trazidos pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e IEF”, informa Lélio Costa e Silva.

O médico-veterinário ressalta ainda que o Cebus não está autorizado a receber animais silvestres trazidos diretamente por particulares. Os animais são entregues pela Policia Ambiental ou Corpo de Bombeiros, acompanhados da documentação de origem.
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