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01 de novembro, de 2020 | 11:00
Destaque do futebol regional na década de 1970, Del Pretes rememora seus tempos de jogador
Álbum pessoal
Da esquerda para a direita, Del Pretes é o último agachado. De pé ao lado dele, com as mãos na cintura, está Reinaldo, ídolo do Atlético
![Da esquerda para a direita, Del Pretes é o último agachado. De pé ao lado dele, com as mãos na cintura, está Reinaldo, ídolo do Atlético](./images/noticias/83295/mn_20201031100123_SRm0Y6883y.jpg)
Ponteiro que fez história no cenário do futebol regional na década de 1970, Del Pretes, de 70 anos, concedeu entrevista ao Diário do Aço na semana que passou e falou do início de sua carreira, os jogos mais importantes, os gols que marcaram e sobre a importância do esporte em sua vida. Entre os clubes pelos quais ele atuou, estão Acesita e Valeriodoce, de Itabira.
A história de Del Pretes no futebol começou ainda na escola. Estudei no Colégio Macedo Soares, no Centro de Acesita, e ali participava de todas as modalidades esportivas internas. Dentre elas, os torneios de campo de terra, onde percebi minha preferência pelo futebol”, contou o ex-boleiro.
Na época, ele atuava pelo Sideral e pelo clube do bairro Bromélias, time da família Otoni, onde ele já fazia o que gostava: jogar futebol. Ainda menino, suas inspirações no esporte eram Nenenzão (Acesita) e Zico, ídolo do Flamengo.
Ao longo de sua carreira, Del Pretes passou por Acesita Esporte Clube, Valeriodoce e América de Linhares-ES, onde foi a convite de Paulo Schimith, da rádio Tropical.
Ele conta que já estava sendo visto pelo time do Acesita e fui para lá por meio do convite do Airton Carlos (Careca), um dos atletas mais completos, tanto na parte física quanto na tática”. Já a passagem pelo Valeriodoce durou três anos e foi muito gratificante e contribuiu muito para o meu amadurecimento. Joguei em grandes estádios, contra times como Atlético, Cruzeiro, América e Bonsucesso-RJ”, recordou.
Álbum pessoal
Del Pretes ao lado do amigo Pelota, em 1971, após o jogo Valeriodoce 3 x 0 Acesita, no estádio Timirim
Fatos marcantes da carreira![Del Pretes ao lado do amigo Pelota, em 1971, após o jogo Valeriodoce 3 x 0 Acesita, no estádio Timirim](./images/noticias/83295/mn_20201031100101_34zSJypFwF.jpg)
Para o ex-jogador, todos os títulos que conquistou na carreira foram marcantes, mas ele destaca dois inesquecíveis: o tricampeonato acesitano, anos de 1972 a 1974, e o tetra entre os anos de 1976 e 1978, pelo Acesita”, apontou.
Além dos feitos, Del Pretes destacou também os bons atletas que viu jogar de perto. Destaco o endiabrado Pelota e Alvacir, com suas cabeçadas certeiras para o gol”, contou. A respeito dos muitos treinadores que comandaram seu trabalho, ele ressalta a qualidade de todos.
Já sobre as dezenas de gols marcados na carreira, Del Pretes disse que todo gol é inesquecível, mas rememora alguns que ficaram mais firmes na memória. Num amistoso entre América Linhares e Vasco da Gama, marquei o primeiro gol do jogo. Furei a defesa do goleiro Mazaropi com um chute forte que entrou no ângulo do canto esquerdo. Ganhamos esse jogo por 3 a 1 e recebi parabéns do goleiro e do lateral vascaíno Orlando Lelé”, lembrou.
Álbum pessoal
Ex-jogador também atuou pelo Linhares. Da esquerda para a direita, Del Pretes é o penúltimo agachado
Além dos gols, o que também fica na memória são os jogos importantes. Del Pretes cita como exemplo a partida entre América-RJ e Acesita, na qual ele conseguiu se destacar contra Rosã, Alex, Badeco e Edu (irmão de Zico). Outro jogo que ficou para sempre na memória do ex-jogador foi Atlético x Valeriodoce, no Independência. Apesar da marcação forte, me sobressaí bem contra o time de Telê Santana, mas acabamos perdendo por 2 a 1”.![Ex-jogador também atuou pelo Linhares. Da esquerda para a direita, Del Pretes é o penúltimo agachado](./images/noticias/83295/mn_20201031100140_65zA23Utnc.jpg)
Sobre o marcador mais difícil que encontrou nos gramados, o ex-ponta cita João Luiz, do São Cristóvão. Era um atleta inteligente e respeitoso na marcação”, contou.
Conselhos e agradecimentos
Depois de anos de sucesso no futebol regional, Del Pretes aconselha os jovens que querem entrar para o mundo do esporte: Que digam não aos vícios e que não deixem de estudar, pois futebol pode ser uma carreira de incerteza para os sonhos de cada um”, reforça.
Embora esteja aposentado dos gramados, o amor pelo futebol segue firme e forte na vida de Del Pretes. Futebol sempre será minha paixão, às vezes gosto de ver pela TV”, disse ele, que não deixou de apontar suas críticas sobre o futebol moderno. Temos poucas revelações, que geralmente são fracas devido ao futebol laboratório, iniciado logo nas categorias de base”, disse.
Apesar da cutucada no futebol atual, Del Pretes exalta o papel importante do esporte em sua vida. O futebol foi para mim uma sequência de respeito, amizade e carinho para com o próximo. São características que me foram passadas pelos meus pais e que terei para sempre”, exaltou.
Del Pretes ainda fez questão de agradecer as pessoas que fizeram parte de sua vida esportiva. Agradeço aos diretores do Acesita, Cirênio Pires Guerra e o senhor José de Oliveira (pai do árbitro Márcio Rezende Freitas), homem de índole altíssima”, disse o ex-jogador. Ambos os diretores citados já faleceram.
Vida pessoal
Batizado de Del Pretes Seixas Duqueiro, o ex-jogador de 70 anos nasceu em Timóteo e vive em Coronel Fabriciano desde 1984. Ele é casado com Mirtes de Oliveira Duqueiro, com quem tem dois filhos: Juliano, que vive no Pará e Lorena, que mora em Guarapari. O casal ainda tem um neto, que nasceu no Estado do Pará.
Longe dos campos, o ex-jogador exerceu uma nova profissão na Usiminas, empresa pela qual se aposentou. A agradeço muito à empresa por ter me acolhido e me dado uma ótima base de vida”, afirmou.
Curiosidades
Aos 17 anos o jogador foi diplomado como atleta pela Liga Acesitana de Futebol (LAD). Em 1976 ele foi artilheiro pelo Acesita, com 19 gols na temporada.
Também foi eleito o melhor jogador da partida entre Valeriodoce x América em 8 de julho de 1970, que terminou num empate sem gols. Pelo lado do Coelho, atuavam Misael, Café, Pedro Omar e Jair Bala.
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Osmar J Teixeira
01 de novembro, 2020 | 22:06Um dos mais talentosos jogadores que conheci e vi jogar. Meu amigo Delprestes. Jogou muito e olha se quizer ainda joga no futebol de hoje. Lembro que em 1974 na prelimnar da final do Mineiro entre Cruzeiro x Atletico só faltou fazer chover e . assombrou a defesa do mistão do Cruizeiro jogando na seleção Acesitana. Nossa jogou muito e eu estava lá e sou testemunha. Abraços amigo e que Deus te abençoe sempre. .”
José Cordeiro Neves
01 de novembro, 2020 | 21:37Sou contemporâneo do Del Pretes Seixas Duqueiro. Estudamos na mesma ocasião no Colégio General Macedo Soares.
Minha posição no futebol era goleiro. O estimado colega, era bom de bola mesmo! Fazia jogadas e gols memoráveis. Sou testemunha de tudo o que foi narrado sobre o Del Pretes.
O irmão dele (Deusdete) também jogava um bolão. Família boa de bola.
Acrescente-se ainda que o pai deles, Sr. Abelardo, foi um "ícone" dentre os pioneiros da ACESITA. Senhor muito culto.
Gostei muito da reportagem, que valoriza e traz à memória valores da nossa região.
Parabéns!”