31 de outubro, de 2020 | 07:56

Uma lenda chamada Oscarito

O cinema brasileiro fazia muito sucesso, em tempos toscos e divertidos

Na próxima quinta-feira, 5 de novembro, comemora-se o Dia do Cinema Nacional. E pode-se dizer que o cinema brasileiro nunca produziu tanto. Tanto e tão bem. As produções do cinema nacional podem competir atualmente quase que em pé de igualdade com os trabalhos realizados por cineastas de vários outros países.

Mas uma grande poesia envolve o cinema nacional. Já houve épocas em que as produções iam para as telas "na raça", quer pela falta de tecnologia que existe hoje, quer seja pela ausência total de recursos.

Essa situação produziu uma legião de heróis como Mazzaropi, Oscarito, Grande Otelo, Vida Alves, Hebe Camargo, Agnaldo Rayol, Walter Forster, entre tantos outros.

Oscar Lourenço Jacinto da Imaculada Conceição Tereza Dias nasceu em agosto de 1906, em Málaga, na Espanha, e ficou conhecido como "Oscarito, o Rei da Chanchada".

Palhaço, acrobata, ator caricato, cantor e compositor, Oscarito era também um astro do Teatro de Revista, mas tornou-se o comediante mais popular do Brasil, a partir dos anos 1940, quando começou a atuar na Atlântida, na qual estreou com a comédia musical "Tristezas Não Pagam Dívidas" (1944).

Oscarito fez mais 34 filmes nessa companhia de cinema, participando da criação e imortalização do gênero conhecido como "chanchada brasileira", que, na realidade, era um teatro de revista filmado.

Oscarito fez uma famosa dupla com Grande Otelo e em seus filmes cantou marchinhas de carnaval que se tornaram grandes sucessos, como "Marcha do Gago", "Pouca Roupa" e "Marcha do Neném".

Seus filmes mais famosos foram "Aviso aos Navegantes", "Carnaval no Fogo", "Este Mundo É Um Pandeiro", "Nem Sansão Nem Dalila". Ele morreu no Rio de Janeiro, em 4 de agosto de 1970.

Conhecer sua obra merece um mergulho em pesquisas nos meios eletrônicos, o que, além de prover um importante conhecimento, também será garantia de muitas risadas e boa diversão.