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31 de outubro, de 2020 | 00:50

Coelhão em alta

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
A grande atração do próximo meio da semana serão os jogos de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, onde o América, como o único time mineiro sobrevivente na competição, vai precisar apenas de um empate com o Corinthians, no Estádio Independência, para chegar pela primeira vez às quartas de final.

A vitória de 1 x 0 sobre o gigante paulista não foi surpresa, para quem acompanha o excelente trabalho da comissão técnica alviverde, sob o comando do Lisca, com o respaldo da diretoria.
Além de candidatíssimo ao acesso ano que vem, ocupando as primeiras posições na Série B nacional, tem um time com personalidade, que não se deixou intimidar mesmo jogando no Itaquerão contra um dos considerados “grandes” do futebol brasileiro.

No entanto, a vitória sensacional, obtida com um gol nos instantes finais, não dá nenhuma certeza da classificação, pois historicamente o Coelho é sempre imprevisível entre os times imprevisíveis do nosso futebol.
Basta lembrar o ocorrido recentemente, na última rodada da Série B de 2019, quando precisava apenas de um empate dentro de casa com o já rebaixado São Bento (SP), mas acabou sendo derrotado e voltou para a fila do acesso à Série A. Assim, é melhor aguardar!

Momento decisivo
Líder do Campeonato Brasileiro durante cinco rodadas, o Galo passou à sua torcida e a uma boa parte da imprensa a falsa impressão de que iria disparar, e que pelo fato de ter de se preocupar apenas com a maior competição nacional, poderia conquistar o título com o pé nas costas.

Mas, ter um elenco muito jovem, curto no sentido de quantidade e qualidade dos reservas, sem ter um jogador de referência que decida as partidas nos momentos de dificuldade, e ainda por cima perdendo titulares importantes para seleções que disputam as eliminatórias sul-americanas da Copa 2022, casos de Junior Alonso, Alan Franco e Savarino, foram os fatores determinantes para a sua queda ao terceiro lugar na tabela de classificação, atrás do Internacional e Flamengo.

Só resta agora uma alternativa ao Atlético, se quiser fechar o turno na cola dos adversários diretos e voltar a sonhar com o título: vencer o Palmeiras, amanhã, às 17h, no Allianz Park, em São Paulo.
A expectativa é de um jogaço, pois o Palmeiras também precisa da vitória para encostar no G-4, melhorou muito e ficou mais leve depois que dispensou o técnico Vanderlei Luxemburgo.

FIM DE PAPO
• A pandemia do novo coronavírus tirou o público dos estádios e trouxe um novo normal também ao futebol, onde ser mandante deixou de ter o mesmo peso de antes, sobretudo para os clubes de massa, que tinham na força e apoio de suas torcidas um item fundamental para conseguir bons resultados. Nos principais campeonatos europeus, onde a bola rolou primeiro, este fenômeno já fora notado, e agora chegou com força ao futebol brasileiro.

• Nos jogos da última semana pelas oitavas de final na Copa do Brasil, à exceção do Grêmio, que derrotou o Juventude por 1 x 0 em Caxias do Sul, nenhum outro mandante conseguiu vencer. O Corinthians perdeu para o América no Itaquerão, o Botafogo foi derrotado pelo Cuiabá no Nilton Santos, o Ceará arrancou um empate na Vila Belmiro com o Santos, o São Paulo só passou pelo Fortaleza nos pênaltis, depois de dois empates, o Atlético Goianiense perdeu para o Internacional e o Flamengo foi à Arena da Baixada, em Curitiba, derrotando o Athletico por 1 x 0.

• É evidente que a falta da torcida nos estádios, sobretudo para os ditos clubes de massa, como é o caso do Corinthians, influencia bastante no resultado. Mas não se pode atribuir só a isto o mau desempenho das equipes mandantes, pois sabemos que há vários outros fatores a serem considerados e que interferem no jogo de futebol. Este fenômeno observado agora tem, a meu juízo, muito mais a ver com a falta de um bom time por parte da grande maioria dos mandantes.

• O técnico Felipão não pode reclamar da falta de tempo, coisa que teve de sobra na última semana, alternando entre Atibaia (SP) e a Toca II, para preparar e fazer o time do Cruzeiro voltar a vencer. Cada jogo feito será uma decisão, visando, primeiro, escapar do rebaixamento à Série C, para depois pensar em algo melhor. De acordo com os matemáticos de plantão, antes do jogo com o Juventude na sexta-feira (30), no Mineirão, o time celeste precisava de 46 dos 60 pontos em disputa nas 20 rodadas finais. Rapadura é doce, mas não é mole não. (Fecha o pano!)
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