03 de abril, de 2023 | 07:33
Fechamento do Aeroporto Carlos Prates é assunto de audiência pública
Reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico nesta segunda (3/4) vai abordar o sistema aeroportuário da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Um dos objetivos da audiência é estimular o debate sobre o atual sistema aeroportuário da RMBH - Arquivo ALMG - Foto: Guilherme BergaminiA suspensão das atividades do Aeroporto Carlos Prates, na Capital mineira, será discutida em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (3/4).
A reunião, solicitada pelo deputado Roberto Andrade (Patriota), que preside a comissão, e pela deputada Ana Paula Siqueira (Rede) será realizada às 10 horas, no Auditório José Alencar.
Os parlamentares e os convidados também devem abordar na ocasião o curto prazo para que as concessionárias do aeródromo, a escola de aviação e as empresas vocacionadas à aviação têm para interromper as atividades no referido aeroporto, bem como os impactos dessa desmobilização para o desenvolvimento econômico de Belo Horizonte e de Minas Gerais.
Segundo o deputado Roberto Andrade, este é um momento de crise no sistema aeroportuário de Belo Horizonte. "Com o possível fechamento do Aeroporto Carlos Prates, teremos uma grande demanda. Por exemplo, para onde vão todas as aeronaves e serviços presentes no aeroporto?", indaga o deputado.
O parlamentar ainda ressaltou, no requerimento que deu origem à reunião, que é preciso pensar sobre o que fazer com o espaço do Aeroporto Carlos Prates, que poderá ser usado com a finalidade de incentivar o desenvolvimento regional através do turismo.
Outro assunto que deve ser destacado na audiência é o sistema aeroportuário da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Sobre isso, Roberto Andrade salientou que o objetivo é estimular o debater sobre o atual sistema aeroportuário da RMBH, de modo a despertar o desenvolvimento regional, diversificar a economia com maiores atratividades turísticas, gastronômicas e industriais, além de promover melhores relações comerciais e internacionais.
Para a reunião foram convidados representantes do BH Airport, da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de associações de pilotos e de proprietários de aeronaves, bem como da Associação Voa Prates, e estudantes do curso de piloto.
Também foram chamados o investigador de Acidentes e Segurança de Voo e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Deusdedit Carlos Reis, e gestores das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, de Infraestrutura e Mobilidade e de Cultura.
Ainda foram convidados o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, e outros de cidades da Região Metropolitana, além de representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas.
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Fechamento do aeroporto atende a portaria da Anac
O governo federal suspendeu as atividades do Aeroporto Carlos Prates desde o último sábado (1º/4). A medida atende a Portaria nº 10.074/SIA da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), publicada em 16 de dezembro de 2022.
Em meados de janeiro deste ano, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, já havia anunciado que o aeroporto teria suas operações aéreas encerradas. Naquele mês, um avião caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanhês e a questão foi relembrada.
A área deverá ser municipalizada. Já foi noticiado que o prefeito pretende construir, no local, casas populares, um parque e uma área de equipamentos públicos com, por exemplo, posto de saúde e unidade de pronto-atendimento.
Tentativa de prorrogação
Nos últimos dias, o governador Romeu Zema tentou a prorrogação do prazo de suspensão das atividades no aeroporto, o que já teria sido solicitado pelo prefeito da Capital.
Para a imprensa, Fuad Noman afirmou que a Anac disse que é possível adiar o prazo de decolagens para tirar os aviões de lá e para dar tempo do pessoal que está com aviões em manutenção sair. Contudo, os pousos já ficariam suspensos.
O fechamento do aeroporto tem sido polêmico. Por um lado, funcionários, empresários, pilotos e estudantes de aviação reclamam da iniciativa.
Eles alegam que cerca de 500 pessoas ficarão desempregadas, 15 empresas deixarão de existir, cinco escolas vão interromper suas aulas e centenas de alunos não poderão retomar seus estudos se as atividades no local forem encerradas. Por outro lado, moradores do bairro comemoram porque a medida garantiria mais segurança para eles.
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Haldane Castro
03 de abril, 2023 | 18:15? um aeroporto estratégico para a cidade é o prefeito nem abre uma discussão a respeito, meia dúzia de pessoas reclamando e outra meia dúzia com interesse no terreno. Como vai ser o atendimento dos incêndios na região metropolitana pelos aviões de combate?”
Santos
03 de abril, 2023 | 16:57Depois os moradores das proximidades pedem para retirar e o que eu queria entender, primeiro fazem o aeroporto, daí muitos compram imóveis proximos para fazer comércio em geral, depois querem a retirada, deveria ser assim, sai quem chegou por último.”
Antonio Cabral
03 de abril, 2023 | 11:26Excelente sugestão do sr Edimir Rodrigues. Creio ser oportunidade sem igual para melhoria dos serviços e melhor atendimento a população.”
Edimir Rodrigues
03 de abril, 2023 | 09:33Perguntar não ofende, Porque os políticos do Vale do Aço não aproveitam a oportunidade e fazem loby trazendo as atividades do Aeroporto Carlos Prates para o Aerporto de Santana do Paraíso? Aqui tem área para construção de hangares e estacionamento de aeronaves. Aproveita a oportunidade seus PARASITAS!”