08 de agosto, de 2020 | 10:19
Ação Criativa valoriza e emociona idosos ipatinguenses em momento de isolamento
Divulgação
Projeto leva música e mensagens de carinho a idosos participantes de grupos de convivência
Projeto leva música e mensagens de carinho a idosos participantes de grupos de convivência
Se a pandemia distanciou pessoas, mudou hábitos e rotinas, a arte sempre dá um jeito de aproximar. É o que propõe a Ação Criativa Matando a Saudade”, desenvolvida pelo Departamento de Proteção Social Básica, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), da Secretaria de Assistência Social de Ipatinga. O projeto tem como objetivo não apenas levar música aos idosos participantes dos grupos de convivência, mas também proporcionar muita alegria e descontração.
A visita é bem rápida, mas carregada de emoção. Mantendo a distância necessária, a equipe - composta pela coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras 4), Marsilene Aparecida Pereira Franklim; o oficineiro Luciano Botelho e a assistente social Neide Loureiro - chega de surpresa, de porta em porta, e chama pelo idoso, que é presenteado com uma canção e um cartaz com sugestivos dizeres: Faz tempo que não te vejo... Ai que saudade docê!” (que lembra a composição de 1982, do paraibano Vital Farias, celebrizada por artistas famosos como Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Fagner e Zeca Baleiro).
Fica difícil segurar as lágrimas”, é como descreve a sensação que teve Marlene Correia Rodrigues, de 64 anos, moradora do bairro Vila Formosa. É muita emoção poder ser lembrada desta forma. Só tenho que agradecer por esta linda homenagem!”, exclamou.
A coordenadora do Cras explica que o objetivo principal da ação não é apenas levar música, mas a mensagem de saudade e da importância que os idosos têm nos grupos. Hoje os grupos não podem funcionar por causa da pandemia, mas o que queremos com essa ação é mostrar que os vínculos podem ser mantidos mesmo à distância, e dizer também o quanto eles são importantes. O resultado disso é muita emoção e gratidão”, disse Marsilene.
Convivência
O SCFV realiza atendimentos em grupo. São atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com a idade do público que atende. É uma forma de intervenção social planejada, que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares, detalha a Secretaria.
No entanto, desde o início da pandemia, as atividades dos grupos que funcionam por meio dos Cras estão suspensas, e uma das formas encontradas pela administração municipal foi lançar mão de ações criativas que, seguindo todas as recomendações de distanciamento e higiene, levam pequenas lembranças aos idosos.
Em casa, mas em movimento
Maria Dilza, a Dedê, tem 80 anos. Moradora do bairro Bom Jardim, ela conta que entrou para o serviço de convivência há mais de 20 anos, após uma depressão. Durante a visita da equipe, mostrou que está em forma, mesmo sem as ginásticas habitualmente oferecidas no grupo em tempo de normalidade. O grupo é minha vida e, tudo que aprendi, adaptei aqui em casa. Eu não fico parada. Sempre estou cuidando das plantas, dos passarinhos e fazendo minhas atividades de alongamento”, revela.
Dona Dedê não pode se conter de emoção quando a equipe chegou em seu quintal cantando uma canção e dizendo o quanto ela é importante. É lindo o que estou recebendo. É demais para mim o que estou vendo! Amo vocês”.
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