14 de dezembro, de 2019 | 11:58

Ex-policial preso por latrocínio no Norte de Minas é suspeito de 18 mortes

Reprodução de vídeo
O ex-PM, Laercio Soares de Melo, de 55 anosO ex-PM, Laercio Soares de Melo, de 55 anos

A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou o resultado de uma investigação que levou à prisão o ex-policial militar Laercio Soares de Melo, de 55 anos. Ele foi detido dia 12 de dezembro enquanto trabalhava em uma casa no bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O homem foi condenado a mais de 40 anos de prisão por dois homicídios e é suspeito de outros 18.

Os crimes foram cometidos no Norte de Minas. O primeiro pelo qual ele foi condenado aconteceu em 2003. O empresário Gilberto Martins desapareceu em Montes Claros e depois foi encontrado queimado e morto com um disparo na nuca. O segundo foi na mesma cidade. Francisco Santos Filho, conhecido como Chiquinho Despachante, desapareceu em 2009 e até hoje não foi encontrado.

De acordo com as investigações, o ex-militar matava as vítimas e se apossava dos bens delas, como carros e imóveis. As outras vítimas de Laercio seriam próximas ou teriam algum tipo de ligação com ele e também foram encontradas mortas com um tiro na nuca. “O Melo se aproximava das pessoas, fazia amizade, fazia negociações de veículos e imóveis e depois abatia essas vítimas para poder adquirir esse patrimônio”, explica o delegado Wagner Sales.

Segundo o delegado, o condenado tem perfil psicopata. “Ele não respeita a vida humana, não respeita a dor alheia. Após o desaparecimento das vítimas ele comparecia à casa das famílias se colocava para consolar a família e inclusive se colocava para ajudar nas buscas pelos desaparecidos.”

Pelo assassinato de Chiquinho, o ex-militar foi condenado a 14 anos de prisão. Ele cumpriu pena administrativa dentro da Polícia Militar até ser expulso da corporação em 2018. Ele estava respondendo em liberdade após ganhar progressão de pena. Pela morte de Gilberto, Laerte foi condenado a 31 anos. A condenação saiu no dia 2 de dezembro.

O suspeito, que foi policial durante 32 anos, negou as acusações e disse que o inquérito foi forjado. “Decisão judicial a gente não questiona, a gente cumpre. Porém, muitas vezes, o judiciário é induzido ao erro devido a parte podre da Polícia Civil que, nesse caso, é representada pelo delegado Rodrigo Bossi de Pinho, que forjou esses inquéritos. Ele esteve em Montes Claros em 2011 e forjou todo o inquérito e levou ao erro.”

O ex-militar confirmou que oferecia apoio às famílias e disse que nunca houve nada que o impedisse de se relacionar com parentes das vítimas.

Laerte disse ainda que acredita que Chiquinho está vivo e que não há nada que mostre o contrário. “Até hoje não se tem uma prova pericial, material ou testemunhal, mas, para um júri popular, isso não é necessário. Basta indícios. Indícios quem cria é a Polícia Civil e foi criado.”

O delegado Rodrigo Bossi, que foi citado pelo condenado, afirmou que o inquérito só foi concluído devido a existência de “provas robustas”. Conforme o delegado, as afirmações do autor são “uma ofensa ao trabalho da Polícia Civil, mas a gente já se acostumou com isso por parte dele. A conversa dele é típica de portadores de psicopatia. É um sujeito muito eloquente, muito inteligente”, concluiu (Com informações da PCMG).
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Comentários

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Barrabas

14 de dezembro, 2019 | 13:05

“Nossos juizes nao da pra entender se o individuo foi condenado porque estava solto.algum juiz mandou soltar .”

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